Tsunami é uma palavra derivada da língua japonesa que remete a algo próximo à “onda de porto”. O mesmo nome pode ser trocado por maremoto, que vem do latim e significa “série de ondas de água que formam um corpo de água”. No fim das contas, o nome sempre causa medo.
Afinal, os tsunamis quase sempre causam muito estragos porque é muito violento, volumoso e devastador para as regiões costeiras. O curioso é saber que há vários motivadores para os tsunamisd, desde uma erupção vulcânica até mesmo uma explosão submarina. Conheça os 7 maiores.
7 – O sismo de Valdivia (Chile)
Esse tsunami aconteceu na década de 60 e mais tarde ficou chamado de o Grande Terremoto de Valdivia. Ele foi um sismo de 9,5 com epicentro em Lumaco. Ou seja, estava há 570 quilômetros ao sul de Santiago. Foi considerado o mais violento dos sismos.
Ele foi percebido em diversos locais da Terra, sendo que criou tsunami que chegou no Oceano Pacífico (Havaí e Japão). Mais de 5,7 mil pessoas perderam a vida por conta dele e mais de 2 milhões ficaram feridas com o evento.
Após a catástrofe, uma onda cruzou o Oceano Pacífico e depois de 15 horas chegou a Hilo, no Havaí, a mais de 10 mil quilômetros de distância do epicentro. Assim, 40% das casas de Valdivia foram destruídas, sendo mais de 20 mil desabrigados.
Os tsunamis ao longo da história
Hoje em dia, o que se sabe é que eles são mais comuns de aconteceram no Oceano Pacífico. Porém, é certo que podem acontecer em variadas regiões. Isso porque há descrições bem antigas que falam disso no Mar Mediterrâneo.
Por exemplo, quando portugueses tiveram que lidar com o Sismo de Lisboa, em 1755. Já em Santorini, acredita-se que os tsunamis tenham acontecido entre 1650 e 1600 a.C, a partir de uma erupção vulcânica na ilha grega. Esses são apenas exemplos dos mais antigos tsunamis.
6 - O tsunami do Oceano Índico (Indonésia)
Agora, um tsunami de 2004. Ele é chamado de sismo submarino. Aconteceu na madrugada de 26 de dezembro de 2004. O epicentro foi na costa de Sumatra, na Indonésia. O número de mortos é estimado em 227 mil de mais de 14 nacionalidades.
Até hoje é considerado um dos desastres naturais mais brutais do mundo e da história. A Indonésia foi o país que mais perdeu gente, seguido do Sri Lanka, da Índia e da Tailândia. Depois, ainda vieram as mortes da Somália, Mianmar, Malásia, Maldivas, etc.
O evento teve magnitude de 9,3 e o planeta inteiro vibrou ao menos 1 centímetro. Estudiosos avaliaram que esse tsunami, que partiu de um terremoto, também afetou o formato da Terra, que variou uma parte, ficando mais redonda.
Os maiores tsunamis da história
Não é fácil dizer qual foi o maior tsunami da história porque eles podem ser medidos pela magnitude, pela altura que alcançam ou até mesmo pelos estragos que causam. De todo modo, há alguns que são históricos pela grandiosidade que representaram.
O da Baía de Lituya é considerado maior porque atingiu mais de 500 metros de altura. Já um mais recente, no Japão conseguiu chegar a uma magnitude de 9. Em número de mortes, o da Nova Guiné bateu mais de 2 mil. E outro do Japão causou 26 mil afogamentos.
5 – O tsunami de Tohoku (Japão)
Não dá para falar da história do Japão sem mencionar os tsunamis. Ou melhor, não dá para falar dos tsunamis sem considerar o Japão, que já sediou diversos desses eventos catastróficos nada agradáveis. Se você ver as cenas disso, você vai se assustar muito.
O de Tohoku foi em 2011 e foi um sismo de magnitude 9,1 que aconteceu em março. O epicentro foi a 130 quilômetros da costa de Oshika. Ele pode ter chegado ao grau 7 em várias cidades locais, como em Miyagi, por exemplo.
O sismo provou alertas de evacuações em ao menos 20 países do Pacífico, incluindo ainda uma parte da América do Norte e da América do Sul. Mais tarde, foram mencionadas mais de 15,8 mil mortes e outras 2,5 mil pessoas desaparecidas.
As réplicas japonesas
Após isso, o Japão sofreu outros 1 mil sismos, sendo que 80 deles foram com magnitude acima de 6 e uma pequena quantidade acima de 7 graus. Mais recentemente, em 2021, um terremoto de magnitude 7,1 atingiu a costa de Sendai e causou novos danos.
Ao menos, 150 pessoas ficaram feridas. Até hoje filmes são produzidos para contar como ficaram as cidades japonesas devastadas pelo tsunami. Inclusive, há cidades que desapareceram do mapa, literalmente, em estudos que foram feitos anos após o “acidente”.
4 – O sismo de Samoa (Ilhas Samoa)
Ele teve magnitude de 8,3 e afetou todas as ilhas de Samoa em setembro de 2009. O tremor (terremoto) gerou três tsunamis separados, sendo que o maior deles chegou a 1,6 metros de altura acima do nível do mar. O que prova que é algo bastante assustador.
A capital da Samoa Americana foi arrasada pelas ondas, que avançaram até 90 metros para o interior da cidade antes de voltarem. Na época, Barack Obama, presidente norte-americano, declarou como uma Zona de Desastre.
Na capital de Samoa, Apia, a cidade conseguiu evacuar graças a avisos recebidos. Assim, as pessoas foram para zonas altas, sendo que a grande maioria se salvou dessa forma. O arquipélago de Tonga foi atingido em mais de 4 metros de ondas.
Os avisos do tsunami
Esse ponto é importante de ser comentado aqui porque vários avisos dos possíveis tsunamis foram enviados aos países, as ilhas e aos arquipélagos. Além de Samoa e Samoa Americana, pessoas das Ilhas Cook, Kermadec, Fiji, Jarvis, Nova Zelândia e Ilhas Salomão foram avisadas.
O aviso, no entanto, foi retirado da maior parte desses lugares quando a ameaça se tornou menos extensa. Nas Ilhas Cooks, o tsunami passou, mas sem deixar danos. Em outros lugares, o aviso permaneceu, como em Tuvalu.
3 – O tsunami no Pacífico Sul (Ilhas Salomão)
Esse também é um dos casos mais recentes que temos aqui. Ele aconteceu em 2013. E o curioso é que também houve um aviso para a evacuação das pessoas. O terremoto de 8 graus devastou parte das cidades e províncias que estavam no meio do caminho.
Ao menos três aldeias foram destruídas pelas ondas em Lata. Após o sismo, o Serviço de Alerta de Tsunami do Pacífico, emitiu um alerta de onda gigante para as Ilhas Salomão e para Vanatu, além de Papua Nova Guiné, Nova Caledônia, Fiji, Kiribati e arquipélagos.
Conforme indicação, o tsunami teve aumento de um metro e poderia ser destrutivo ao longo da costa próxima ao epicentro do terremoto. O terremoto chegou a quase 350 quilômetros de Kira Kira e teve várias réplicas, isto é, vários novos tsunamis.
A relação de terremoto e tsunami
Já chegando perto do fim do texto, a gente quer lembrar você de um dado importante. Considere que um tsunami pode ter vários motivos para acontecer. E o terremoto é um deles. Aliás, o terremoto pode ser marítimo também. Quando ele acontece, é chamado de sismo.
Por isso, terremoto nada mais é do que o movimento ou abalo de placas tectônicas, quando os fluxos colidem ou se arrastam. Já o maremoto é uma agitação sísmica do mar, que pode causar tremor na terra ou não. Maremoto é o mesmo que tsunami na avaliação geral.
2 – O tsunami de Sumatra e Java (Indonésia)
A gente já citou a Indonésia aqui antes. Porém, considere que em 2018 um novo caso aconteceu, agora com foco nas ilhas de Sumatra e de Java. Ao todo, foram mais de 280 mortos e mais de 1 mil feridos. Outras pessoas ficaram desparecidas.
Diferente de outros casos, as autoridades disseram que o tsunami não foi precedido por terremotos, por isso, não houve tempo para criar avisos de alerta de evacuação. As ondas podem ter sido provocadas por desabamentos sob a água causados por erupções de vulcão
Os moradores locais contaram que não receberam sinal de alerta, porém, viram quando ondas de 3 metros chegaram a costa. As autoridades disseram que minutos antes havia disparado sirenes de alertas. Além de pessoas, a perda também foi com barcos, casas, hotéis.
O que dizem as autoridades
Para esse caso especifico, considere que as autoridades se explicaram dizendo eu houve o deslizamento de terra causado pelo vulcão Krakatoa sob a água de Sunda. O tsunami foi uma resultante de meia hora depois disso, o que prova que o tsunami pode ser causado por vários motivos.
Com ondas devastadoras, o tsunami deixou mais uma marca no mundo. Isso porque em 2883, a ilha foi destruída após uma forte erupção que trouxe novos tsunamis na sequência e a morte de mais de 36 mil pessoas. Sendo um dos piores destras naturais do mundo.
1 - O megatsunami da Baía de Lituya (Estados Unidos)
Sim, ele foi considerado um megatsunami. Aconteceu em julho depois de um terremoto de magnitude de 7,8 na Baía de Lituya, no Alasca. A explicação dos cientistas é para uma falha geológica, que provocou o deslizamento de terra e mais de 30 mil metros³ de rocha e gelo.
Assim, esse rápido deslocamento de água criou o megatsunami, que destruiu uma vegetação até 525 metros acima da altura da baía e gerou uma onda que chegava a 30 metros de altura. É o maior evento desse tipo que se tem conhecimento hoje.
Para se ter uma noção exata do tamanho dele, ele teria algo como a metade do Burj Khalifa, que é a construção civil mais alta do mundo, um hotel que fica em Dubai. Essa baía é um fiorde que forma um T. É considerada estreita e com profundidade de 10 metros.
O tsunami da Groenlândia
Até algum pouco tempo atrás, esse megatsunami norte-americano era visto como o único do mundo a ter tamanha expressão. Porém, em 2017, houve um grande deslizamento de terra na Groenlândia, que gerou uma onda de 100 metros de altura e causou grande estrago.
O lugar mais afetado foi a vila de pescadores de Nuugaatsiaqu, que fica a 20 quilômetros do lugar onde aconteceu o epicentro. Mas, ainda assim, ele não foi o maior, que até hoje é considerado o da Baía Lituya. De qualquer modo, todos os tsunamis citados aqui são assustadores, não é?
Outras catástrofes naturais que envolvem a água
Um ponto importante de se notar é que a água pode ser a causadora de vários tipos de eventos catastróficos no mundo. O tsunami é um dos mais temidos e volumosos. No entanto, há vários casos mundiais de enchentes, como na Venezuela e em Bangladesh.
Assim como a seca, que é a falta de água, também é considerada uma catástrofe natural, já que sempre deixa milhares de mortos, especialmente na Etiópia, como foi em 1975 e em Moçambique, o que aconteceu em 1983. E isso tudo traz alerta para estudiosos.
