Você pode até achar que sem um vilão imponente, nenhuma história em quadrinho faça sentido. E nós também achamos isso. Agora, quando se tem na comparação vilões como o “Charada” e o “Coringa” fica fácil encontrar os maiores “micos” que a DC Comics já pagou com outros vilões.
A ideia desse artigo não é criticar, mesmo que pareça. Porém, você vai ver que se por trás de toda história de vilão há estudos e conceitos, só que nem sempre isso acontece. Sabe aquela ideia do anti-herói, em que a gente fica do lado do vilão? Ela passou longe desses personagens.
Trapaceiro
A gente vai começar de forma polêmica aqui. A gente sabe que quase todo mundo ama o “Trapaceiro”. Mas, você consegue explicar quem ele é? Esse é o grande problema. Porque ele é um “maluco”, mas não como o “Coringa” ou o “Charada”.
A história fala sobre Giovanni Giuseppe, que era um artista de circo e até aí tudo bem, parece bacana. Logo, ele passa a usar os truques e os números para o mal. E, então, alguém explica o restante da história?
Sempre que a gente busca informações, diz que ele “assumiu características malucas” e que a ocupação dele é de “criminoso profissional”. Ele não tem poderes e usa vários objetos, sempre cômicos, para construir o pânico. E é um vilão do Flash.
Mulher-Leopardo
Tudo bem se você achou esse nome criativo. Nós não achamos, mas vamos lá. A personagem surgiu em 1984 e é uma vilã clássica da Mulher-Maravilha. Recentemente, apareceu no filme, sendo vivida pela atriz Kristen Wiig e isso foi legal.
No entanto, o problema está no fato de que o que justifica o fato dela ter se tornado uma vilã não é muito plausível. O fato dela ter “perdido a humanidade” não fica claro ou não tem motivação suficiente para tal. Nenhum trauma, nenhuma decepção, nada.
Logo, ela é vítima de um desejo íntimo. E vamos combinar: o visual não impressiona. Ainda mais quando a gente compara com outra mulher-animal, que é a Mulher-Gato. Diferente, ela tem uma história muito bem traçada no enredo do Batman.
Homem dos Brinquedos
O vilão “Homem dos Brinquedos” é vivido pelo Winslow Schott e aparece na Action Comics do Superman. Ele sequestra a personagem Jimmy Olsen. O que pouca gente sabe é que ele apareceu pela primeira vez em 2008.
O pior é que durante os quadrinhos, ele se parece mais com um desenho do que com um vilão. Fora isso, pouco se sabe sobre quem foi de fato o Schott, que nunca teve más intenções, mas acabou tendo circunstâncias infelizes na vida, que o tornaram um grande vilão.
Vale lembrar que em muitas versões, ele é chamado somente de “Homem Brinquedo”. Assim, após um ritual de magia negra, ele passou a transferir sua consciência para objetos, com a possibilidade de animar seres inanimados, como brinquedos.
Homem Tatuado
Vamos tentar entender desde o começo porque esse vilão tinha tudo para ter sucesso, mas não teve. No começo ele parece impressionante porque as suas tatuagens surgem de um processo que ele mesmo chama de “enxerto de pecado”. E o que é isso?
Quando ele tira os pecados de alguém, matando a pessoa, ele faz uma marca em sua própria pele. Assim, esses desenhos passam a dar a ele poderes, obviamente, baseados na imagem de quem foi morto. Faz algum sentido, não faz?
No entanto, a história parece não ter limite ou ser limitada demais – ao mesmo tempo. Ele é um inimigo do Lanterna Verde e apareceu pela primeira vez em 1963. Depois, apareceu em uma série de TV do Raio Negro. Parece que ele era o Abel Tarrant, um marinheiro.
Codpiece
Na tradução do inglês para o português, “codpiece” nada mais é do que “braguilha”. E para quem não sabe, essa é uma peça de vestuário masculino comum no século 15 e que era usada para cobrir os órgãos genitais. Agora, vamos ao que interessa.
Esse é um vilão que foi criado devido a um trauma escolar. Como assim? O que aconteceu foi que uma garota debochou do tamanho do garoto. Mas, ela falava do tamanho físico, estatura. O problema é que isso foi mal-entendido e aí o garoto entendeu que era sobre o seu pênis.
O resultado de tudo é que para superar a complexidade de inferioridade, o vilão passou a usar um canhão posicionado bem na região das partes íntimas. O capacete dele também lembra a parte genital do homem. E, com tamanha bizarrice, ele se tornou um vilão esquecido.
Banshee Prateada
A Banshee Prateada é habilidosa no combate e considerada mais forte do que um humano comum. Além disso, ela pode voar, ainda que apareça pouco na vida dos fãs da DC. Os gritos são sônicos, o que é uma grande vantagem.
O problema é que ela foi criada para lutar com o Superman e os poderes parecem não ser suficientes para esse fim. A personagem chegou a aparecer no seriado Smallville, com o nome Odessa Rae.
Homem-Calendário
Talvez, a gente nem precise de muito para explicar sobre esse vilão. Afinal, “Calendar Man” é nome que se preze para um vilão de quadrinho, amigos? Bom, o nome real dele é Julian Gregory Day e o personagem fictício apareceu pela primeira vez em 1958.
Ele é o vilão do Batman e uma criação de Bill Finger. O Calendar Man é apaixonado por datas e calendários, logo os crimes têm vínculos com isso todas as vezes. O tema do crime pode ter a ver com o dia da semana ou um feriado ou aniversário, algo assim.
Na estreia, o personagem foi apresentado como um “vilão-piada”, porém, depois se tornou um assassino em série perturbado e sombrio que brinca com o Batman. E para quem não se lembra dele, ele apareceu no The Suicide Squad, desse ano.
O Chave
Temos aqui mais um vilão do Batman, que acha que é o mais inteligente de todos. Um ponto curioso é que parece que a máscara dele não o deixa ver direito, sabe? Além disso, ele fala demais, mais do que faz.
O apelido veio do fato dele começar a vida criminosa usando uma chave como artificio. E até que isso se encaixou bem na história. O problema é que as coisas foram ficando estranhas com o tempo. Assim, ele é um dos vilões mais esquisitos da DC Comics hoje.
Continua usando chaves como armas. Se você nunca o viu, basta ver a imagem acima. E note que ele usa uma máscara de ferro em forma de fechadura e tem uma arma de raios em forma de chave. Há quem diga que ele tem poderes psico-químicos. Mas, vai saber, né.
Egg Fu
Nesse caso, o grande problema que a DC teve foi não pensar nas consequências da criação, que de fato não deu nada certo. O personagem Egg Fu é um dos mais ofensivos para a cultura asiática. Ele é o vilão da Mulher-Maravilha e apareceu em 1965.
Ele reflete pensamentos racistas com relação ao povo oriental, seja pela cor, visual, nome e sotaque. O resultado é que a DC teve uma das maiores dores de cabeça da sua história com esse personagem – tanto é que ele precisou ser recriado por várias vezes.
A Brigada Ariana
Já chegando ao fim, vamos falar da Brigada Ariana, que causou um grande tumulto entre os fãs da DC Comics. Para muitos, eles foram chamados de “neonazistas”. O que importa é que temos um grupo de nacionalistas brancos e que são poderosos.
Porém, alguns fatos esquisitos acontecem aqui. Entre os integrantes, nós temos a Fé Cega, que é uma telepata e racista. O que não faz nenhum sentido para a história da companhia.
Há quem diga que a ideia deles seja a de “purificar o mundo”, exatamente o conceito que vinha do Adolf Hitler, um dos piores nazistas do mundo. Mas, ninguém entendeu direito até agora qual é a verdade sobre o grupo. E você, sabe?
Bizarro
E a gente não poderia terminar de outra forma, não é mesmo? Bizarro é o vilão que é exatamente o oposto do Superman. Assim, ele é um clone que deu errado e se tornou um dos maiores inimigos do Homem de Aço.
Para muita gente, é um dos melhores personagens a serem explorados, o que ainda não aconteceu nos cinemas. Em Batman Vs Superman, por exemplo, haveria papel para ele, inclusive numa relação direta com o Lex Luthor. Mas, os roteiristas não pensaram nisso.
Os vilões esquisitos da Marvel
Para concluir o texto, só para que você não ache que somente a DC Comics erra na hora de criar vilões, saiba que a Marvel também tem os seus “defeitos” ou “polêmicas”. Por exemplo, com a Grande Bertha, que é uma modelo de dia e uma obesa quando vira vilã.
Outro exemplo é o Batroc, que é um vilão que sabe “pular” e nada mais. Isso seria poder para um supervilão? A Marvel ainda fez o favor de criar o Apagador, o vilão do Homem-Aranha. O que ele faz? Apaga pessoas. E tem ainda o Morsa, vilão do Homem-Aranha, que não faz nada.
