A história de Frank Lee Morris, ou simplesmente Frank Morris, é uma das mais incríveis que você pode conhecer. Isso porque o nome dele está ligado ao fato de ter escapado da prisão. Mas, não de qualquer prisão e sim da mais “segura” do mundo. Por isso, merece ser contado.
Aliás, você também vai entender e saber os motivos pelos quais ele foi preso, o nascimento e muito mais. Afinal, existe até uma data “suposta” de morte para ele, porém, ninguém conseguiu provar isso até hoje. Veja só uma parte da vida do Morris, cheia de polêmica.
O histórico de Frank Morris
Ao que tudo indica e os sites noticiam, Frank cometeu os seus primeiros crimes bem cedo, ainda na adolescência, quando tinha 13 anos. Por isso, ele passou por vários reformatórios juvenis daqueles anos. No fim, acabou recebendo também outros crimes no currículo.
Entre os mais pesados, a gente pode falar sobre porte de entorpecentes e assalto com arma de fogo. O curioso é que ele sempre deu um jeito de fugir das prisões onde esteve, além de facilitar a fuga de amigos de cela também.
Mais tarde, acabou sendo um “especialista” em assaltos de bancos e com o título de ser alguém que consegue fugir muito bem dos lugares. Geralmente, ele fazia isso de forma estratégica e sem ter que usar a violência. Algo parecido aconteceu em Alcatraz.
O cérebro da fuga
Desse modo, dá para entender facilmente porque o apelido dele era de o “cérebro da fuga”. O mais curioso é que ele tinha um QI (Quociente de Inteligência) acima da média. Conforme estudos, o QI dele era de 133.
No entanto, ainda assim, ele passou por várias prisões federais dos Estados Unidos. O resultado foi um só: como ele era bastante perspicaz para isso, o destino foi o Alcatraz. Esse lugar sempre foi visto como uma prisão da onde era “impossível” fugir. Mas, não para Morris.
A reputação do lugar foi posta em prova quando Frank Morris, Clarence Anglin e John Anglin conseguiram fugir sem serem vistos, no que ficou chamado de “A Fuga de Alcatraz”, que ganhou até filmes mais tarde (Escape from Alcatraz, de 1979).
A Fuga de Alcatraz
O evento ficou chamado de A Fuga de Alcatraz e aconteceu em 1962. A operação aconteceu na Penitenciária Federal de Alcatraz, que fica em uma ilha em São Francisco, na Califórnia. Curiosamente, durante as quase 3 décadas da prisão, 36 detentos tentaram fugir de lá.
Do total, 23 foram recapturados, 6 foram abatidos (mortos), 2 se afogaram e 5 deles foram considerados como “desaparecidos” ou “presumidamente afogados”. Entre eles, os três que já citamos aqui e mais o Thedore Cole e Ralph Roe.
Para não termos que resumir tudo em um único parágrafo, a gente vai contar mais sobre como foi a fuga nos próximos tópicos, leia com atenção.
Entendendo a fuga de Morris
Ao todo, apesar de haver 3 nomes de fugitivos, o total era de 4. Isso mesmo. Além deles, Allen West também participou de todo o plano, mesmo que tenha “desistido” na hora da execução. O plano de fuga foi todo liderado por Morris.
Eles trabalharam durante a noite durante os 6 meses após serem presos e assim iam “abrindo” o duto de ventilação nas paredes de suas celas. Como faziam isso? Com lâminas de serra que encontraram descartadas nas prisões, além de colheres roubadas e brocas improvisadas.
Até mesmo um motor de aspirador quebrado foi usado nessa operação de longa data. O mais curioso é que o barulho da operação era abafado por Morris, que tocava acordeão. Acredita nisso? Aí, a partir das entradas, eles chegavam a um corredor não vigiado atrás das celas.
Os próximos passos
A partir desse corredor, eles iam para o telhado das celas, ainda dentro do prédio. E lá eles montaram a pequena oficina improvisada. Ou seja, é lá que tinham os materiais roubados e doados, como capas de chuva (que serviriam para serem coletes salva-vidas).
Além disso, conseguiram montar um bote de borracha com costuras e selas feitas a partir do calor dos tubos de vapor da prisão. Outro acordão, roubado de outro preso, serviam para inflar a jangada e com madeira improvisada fizeram remos.
Então, o próximo passo foi escalar o poço de ventilação. Outro detalhe curioso é que após a fuga, eles deixaram cabeças esculpidas de papel machê com sabão, creme dental, pó de concreto e papel higiênico dando uma aparência bastante realista.
A execução da fuga
Com cabeças realistas e cobertores e travesseiros empilhados sob uma coberta, eles pareciam estar dormindo em suas celas. Mas, não estavam. Durante a noite de 1962, no dia 11 de junho, eles iniciaram o plano. West foi quem desistiu e após ajudar os companheiros voltou a dormir.
Curiosamente, foi ele quem mais cooperou com os investigadores mais tarde, dando a descrição detalhada do plano todo. Logo, o resultado é que ele não foi punido e acabou tendo uma pena mais leve.
A partir do corredor de serviços, Morris e os irmãos Anglis subiram até o poço de ventilação e chegaram ao telhado. Os guardas ouviram quando saíram do poço. No entanto, jamais imaginavam o fato e não seguiram os rastros.
A saída da prisão e da ilha
Assim, levando os próprios equipamentos, eles desceram até 15 metros do chão, através de um cano de ventilação da cozinha. Depois, escalaram por duas cercas de arame farpado e chegaram a costa nordeste, próximo a uma usina de energia.
Esse era um ponto cego dos holofotes da prisão e também não dava para ver das torres dos guardas. Foi então que eles inflaram a balsa com a sanfona (acordeão). Por volta de 22 horas, eles embarcaram na balsa e foram em direção à Angel Island, ao norte.
A descoberta da fuga
A fuga só foi descoberta no outro dia. isso porque os bonecos serviram muito bem para “enganar” os trabalhadores de lá. A partir desse momento, uma extensa busca aérea aconteceu, assim como marítima e terrestre envolvendo todas as forças americanas.
E isso aconteceu por mais 10 dias seguintes. Sendo que em 14 de junho um navio fez o recolhimento de um remo flutuando a 180 metros da costa sul de Angel Island. Depois, outro barco entrou carteiras embrulhadas em plástico com os dados dos Anglins.
Em 21 de junho, pedaços de materiais, como capas de chuva, foram encontrados em alto mar. Eles estavam próximo a uma praia da Ponte Golden Gate. No outro dia, um barco pegou coletes salva-vidas improvisados há 46 metros da ilha de Alcatraz.
Após a fuga
O mais impressionante de tudo é que após a fuga dele, ninguém mais obteve notícias de Frank. O que existem são alguns relatos de possíveis histórias. Por exemplo, um barco cargueiro disse que avistou um falecido vestido com roupa da prisão no mar. Mas, sem confirmações.
Depois, em 2013, John Anglin disse que Morris havia falecido em 2005. Porém, ninguém tem certeza sobre a carta e nem mesmo sobre a morte do Morris.
O resultado disso é que Frank Morris é datado como nascido em 1926 em Washington (Estados Unidos) e morto “supostamente” em 2008. Porém, o norte-americano que pegou prisão perpétua ainda está na lista de “desaparecidos”.
E West
Vale dizer aqui que algumas fontes afirmam que West não participou da fuga por um imprevisto que aconteceu, quando ficou impedido de sair da cela devido a uma grade de ventilação e não por conta própria.
O que importa é que ele foi transferido para McNeil Island, em Washington porque a prisão foi desativada no ano seguinte, em 1963. Depois de cumprir a sentença, tanto na Geórgia como na Flórida, ele foi solto em 1967. Mas, preso novamente, no outro ano. Morreu em 1978.
E o que acontece agora?
Na verdade, ninguém sabe. O que mais tem de interessante nos dias atuais é a carta escrita por “meu nome é John Anglin”, que começa contando que “eu escapei de Alcatraz em junho de 1962 com meu irmão Clarence e Frank Morris”.
O problema é que ninguém consegue provar a veracidade da carta. E não é só isso. Na época, o “suposto” John pede um acordo. Ele diz que está câncer e que se receber tratamento e não ser preso durante 1 ano, ele conta exatamente onde está. Porém, isso não aconteceu.
A carta é de 2013 e só foi comentada a público em 2018. Ela conta sobre a morte de Clarence em 2008 e de Morris, em 2005. “Eu tenho 83 anos e estou doente. Tenho câncer”. Ele ainda conta onde estava naquele momento, no Sul da Califórnia, bem perto de Alcatraz.
O final da história toda é inconclusivo
O material foi divulgado só mais tarde até esse dia, o Serviço de Delegados de Polícia dos Estados Unidos havia enviado o documento para o laboratório do FBI, na parte de forense de caligrafia. O resultado foi:
“Amostras de caligrafia dos fugitivos foram comparadas com a carta anônima e os resultados foram considerados inconclusivos”.