Quem nunca passou uma noite em claro? Até aí tudo bem, agora já imaginou ficar 7 dias sem dormir? De acordo com Monica Andersen, professora da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), uma noite sem dormir nunca mais será recuperada. Se apenas 1 dia sem dormir já gera essa consequência, muitos dias sem sono devem acarretar diversos prejuízos.
Ainda que muita gente saiba que dormir é uma necessidade básica, ainda existem pessoas que viram a noite estudando, trabalhando ou jogando. Inclusive, virar a noite jogando é algo comum entre as crianças e adolescentes de hoje em dia. Depois de ver algumas consequências, é bem provável que pense duas vezes antes de ficar acordado por uma semana.
Primeiro dia sem dormir
Ao passar 24 horas acordado, o cérebro já começa a trabalhar em velocidade reduzida deixando o raciocínio lento e com dificuldades em tomar decisões. Consequentemente, a memória também passa a falhar tornando mais difícil a fixação de informações novas. Além disso, o humor também começa a sofrer oscilações.
Durante o sono ocorre a liberação de hormônios, fazendo com que o ser humano esteja novinho em folha no dia seguinte. Quando o descanso não acontece, o hormônio do estresse, cortisol, aumenta e gera mau humor, irritação e estresse. Já no primeiro dia sem dormir, o indivíduo pode comer até 300 calorias a mais do que o costume.
Logo, isso contribui para o ganho de peso. Por este motivo é comum os nutricionistas perguntarem quantas horas o paciente dorme, pois isso afeta diretamente no processo de emagrecimento ou na alimentação voltada para uma finalidade específica.
Segundo dia sem dormir
No segundo dia sem dormir, a temperatura do corpo começa a cair e o cérebro entra em “pane”. Assim, se já estava com dificuldade de memorizar informações com 24 horas acordado, agora ficará praticamente impossível. Sem o intervalo de relaxamento, as atividades do dia a dia se tornam um verdadeiro desafio com a tamanha falta de atenção.
Embora seja comum recorrer aos energéticos ou ao café para ajudar no alívio do cansaço, as bebidas não são capazes de substituir o bem estar de uma noite de sono. Ainda, se forem ingeridas em excesso, podem causar palpitações, tremores e tonturas.
Um fato curioso é que existem profissionais que trabalham como mergulhadores solitários e conseguem dormir apenas 15 minutos por noite. A verdade é que o corpo humano pode ser treinado para suportar situações extremas, mas a maioria das pessoas não possuem esse preparo. Então, os sintomas citados geralmente aparecem nos meros mortais.
Terceiro dia sem dormir
No terceiro dia sem dormir, a pessoa passa a ficar paranoica podendo ter até mesmo alucinações e delírios. Também ocorre a diminuição da consciência e a confusão de pensamentos. Como consequência, o indivíduo tende a apresentar tiques nervosos. A partir de então, as consequências não são apenas mentais.
O físico mostra sinais como limitação das habilidades de se movimentar, rompimento dos vasos sanguíneos dos olhos, tremores no corpo e calafrios. Sem falar na irritabilidade que continua crescendo com o passar das horas sem dormir.
Quarto dia sem dormir
Somando quatro dias sem dormir, o indivíduo adquire uma aparência pálida e com marcas mais fortes nas linhas de expressão. O aspecto de cansaço fica visível pois o corpo começa a desidratar, ocasionando em olheiras mais fundas e o ressecamento da pele. Inclusive, isso pode causar feridas no corpo.
As alucinações se tornam ainda mais presentes, em que a pessoa escuta vozes e vê coisas que não são reais. Outro fato que foi observado pelos pesquisadores é que, durante essa fase, ocorre a perda da noção de tempo e espaço.
Quinto dia sem dormir
Ao entrar no quinto dia consecutivo acordado, a memória e a concentração do ser humano ficam comprometidas. Para ter uma noção, o problema fica tão sério que a pessoa se torna incapaz de dizer seu próprio nome. O cansaço físico chega a resultar em fadiga e não há café ou energético que resolva.
O rosto toma uma aparência desfigurada com pálpebras pesadas, olheiras extremamente profundas e vermelhidão nos olhos. Em conjunto com essas características, vem uma dor de cabeça intensa que remédios não conseguem aliviar.
Sexto dia sem dormir
No sexto dia, as mesmas consequências no quinto dia continuam porém de forma mais incisiva. A mente chega num nível tão grande de afetação que a pessoa tende a apresentar comportamentos parecidos com os de alguém que sofre de Alzheimer. O funcionamento das capacidades básicas do cérebro passa a falhar.
Já fisicamente, os músculos do corpo tendem a enrijecerem e ficarem travados. Além disso, o indivíduo perde o controle das movimentações, como se não tivesse mais consciência das articulações como subir e descer o braço, por exemplo.
A comunicação também mostra comprometimento, já que a pessoa não consegue mais desenvolver a fala de forma fluída. Ao mesmo tempo passa a sentir medo repentinamente apresentando surtos de agressividade.
Sétimo dia sem dormir
Completando uma semana sem dormir, a pessoa fala coisas sem sentido como resultado da perda da capacidade de se comunicar. No sétimo dia, os resultados são muito preocupantes tendo em vista que começa a afetar o sistema imunológico. Ainda, o músculo cardíaco passa a ficar desgastado com a ausência de descanso.
Como consequência, o indivíduo fica vulnerável à doenças e contágio de vírus. Isso acontece porque a falta do sono resulta na queda de anticorpos do organismo. Outro efeito recorrente nesses casos é o aumento significativo dos tremores nas extremidades do corpo.
A partir de então, o corpo dá sinais de que está chegando no limite e que um colapso pode acontecer a qualquer momento. Com sete dias, a pessoa vira praticamente um zumbi. Se passar de uma semana, os efeitos podem ser letais.
Fatos curiosos sobre o sono
Ficou claro a necessidade de estar com o sono em dia, não é mesmo? O ser humano até consegue ficar alguns dias sem dormir, mas as consequências podem ser irreversíveis. Alguns especialistas recomendam descanso de 7 a 9 horas para os adultos entre 18 a 64 anos. Outros estudiosos apontam que essa definição pode variar e que cada caso precisa ser avaliado.
Independente das teses, os profissionais da saúde têm o consenso de que o descanso noturno é fundamental para a saúde. Dentro disso, existem alguns fatos curiosos sobre a importância do sono e hábitos durante a soneca que provavelmente você não sabia. Veja só.
Ser humano passa 25 anos dormindo
Por isso algumas pessoas dizem que dormir é perda de tempo. Se colocar na ponta do lápis quantas horas passamos dormindo, chegará na incrível conta de 25 anos. Estudos afirmaram que o ser humano fica em média de um terço da vida descansando. Além disso, as pessoas passam 7 anos tentando adormecer, quem sofre de insônia talvez um pouco mais do que isso.
Tempo do sono ideal pode mudar
Muita gente acredita que existe um tempo de sono pré estabelecido de forma generalizada. Entretanto, a necessidade de descanso muda conforme a idade. Por exemplo, as crianças precisam dormir de 10 a 12 horas para recuperar a energia. Enquanto os adolescentes necessitam de no mínimo 8, os adultos de 7 a 8 e os idosos de 6 a 7 horas por dia.
Ainda assim, esses números podem mudar de acordo com o ritmo de vida e hábitos do indivíduo. Figuras importantes como Leonardo da Vinci e Winston Churchill dormiam entre 2 a 4 horas tranquilamente, mantendo o ritmo de trabalho. Isso acontece devido à mutação do sono que permite às pessoas dormirem menos e não sofrerem efeitos colaterais.
Cachorros podem sonhar
Caso tenha cachorro ou gato doméstico, provavelmente já notou que ao dormir eles emitem sons estranhos. Para a sua surpresa, os animais também sonham e podem até levar susto resultando em espasmos.
Assim como acontece com os seres humanos. Embora esse fato já esteja comprovado cientificamente, os estudiosos ainda não sabem o que os animais veem durante os sonhos e nem o porquê isso acontece.
Grandes descobertas surgiram em sonhos
Você sabia que descobertas incríveis podem aparecer em sonhos. Inclusive, Dmitri Mendeleiev criou a tabela periódica após sonhar com ela. Fenômenos como esse é justificado pela capacidade que o cérebro tem de processar e analisar as situações que o ser humano vivencia no decorrer do dia.
Falando em experiências externas, os sonhos são influenciados diretamente pelo ambiente. Por exemplo, se estiver dormindo em um lugar apertado isso pode facilitar a ocorrência de pesadelos devido a sensação de aprisionamento. Ou se estiver em um lugar quente, pode sonhar com incêndios.
Dormir com o cobertor ajuda a dormir melhor
Muita gente já relatou que não consegue dormir desembrulhado e quando esse comportamento é avaliado pelos estudiosos isso faz todo o sentido. O cobertor dá a sensação de proteção, principalmente se ele for pesado. A sutil pressão do cobertor no corpo relaxa o sistema nervoso, fazendo ter a mesma sensação causada por um abraço.
Também, por isso algumas pessoas não conseguem dormir com os pés descobertos. As extremidades do corpo expostas geram a sensação de vulnerabilidade e de desproteção.
