A Igreja Católica sempre foi uma das entidades mais poderosas em todo o mundo, influenciando diretamente em governos ao passar das eras. Isso acabou fazendo com que ela fosse envolvida em alguns escândalos durante a história da humanidade, contudo, os segredos do Vaticano sempre foram mantidos a sete chaves. Ou ao menos era assim.
Recentemente foram feitas algumas descobertas sobre os segredos da Igreja Católica, além, é claro, de algumas delas serem diretamente ligadas ao passado de alguns papas, que teriam até mesmo ligação com o nazismo. Se você quer conhecer esses e outros segredos do Vaticano, confira o nosso artigo e fique por dentro de tudo o que rolou na história da Igreja.
Em nosso texto, você vai saber mais sobre os seguintes segredos:
- Papa Bento XVI foi integrante do exército de Hitler;
- Uma parcela de padres mantém relações sexuais e o Vaticano sabe disso;
- Ossos de indígenas em colégios da Igreja Católica;
- Já existiu um papa mulher;
- Deus perdoa, a Igreja Católica nem sempre.
Papa Bento XVI foi integrante do exército de Hitler
Por mais absurda que essa ideia possa parecer em um primeiro momento, o Papa Bento XVI fez parte do exército de Hitler. Ele integrava uma unidade de juventude da ala militar, e, durante certo período, acabou servindo ao Terceiro Reich. Esse episódio é extremamente criticado por diversos historiadores de todo o mundo.
Nascido em Baviera, estado da Alemanha, o católico, nascido em 1927, viu de perto o crescimento do império nazista comandado por Hitler, chegando até mesmo a fazer parte da juventude hitlerista da época. Porém, em 2008, ele resolveu falar mais sobre esse episódio, lamentando que isso tenha acontecido.
Alegando ter passado por uma adolescência “funesta” por conta do governo da época, ele diz que infelizmente os nazistas achavam que tinham todas as respostas. Até hoje, ter um papa que serviu ao exército nazista é muito criticado até mesmo por católicos, porém, o próprio Vaticano não parece se importar tanto com as críticas.
Pio XII também foi acusado de simpatizar com o nazismo
Outro papa que teve seu nome ligado ao nazismo foi o de Pio XII. Ele era o papa no momento que o Terceiro Reich assombrou o mundo, porém, foi duramente criticado por não ter se posicionado contra o nazismo, não protegendo os judeus durante suas perseguições, e nem mesmo se posicionando contra o posicionamento de Hitler.
Por conta disso, Pio XII já recebeu a alcunha de “papa de Hitler”, já sendo chamado também de antissemita, peão de Hitler, entre vários outros adjetivos negativos. Apesar disso, o Papa Francisco afirmou que a Igreja Católica não tem medo da história, e que os documentos disponibilizados no Vaticano provam isso.
Uma parcela de padres mantém relações sexuais e o Vaticano sabe disso
Carmello Abbate é o escritor de um livro famoso, chamado Sex and the Vatican. Em sua obra, ele apresenta depoimentos anônimos, de padres que trabalham para a Igreja, e que fizeram algumas revelações chocantes sobre o que acontece de verdade no Vaticano, principalmente quanto à vida sexual dos padres.
De acordo com os depoimentos, o autor conseguiu descobrir que cerca de 25% dos padres do local mantém relações sexuais frequentes com as moradoras da região. Porém, através de acordos feitos entre o Vaticano e essas mulheres, esse tipo de escândalo raramente vem à tona, principalmente pela vista grossa que a Igreja faz em relação a isso.
Além disso, Carmello também descobriu que 30% dos padres do Vaticano são gays, o que, em sua essência, vai contra os ensinamentos da Igreja. Porém, talvez por conta do pensamento religioso não aprovar esse tipo de relação sexual, os próprios padres não acabam tendo diálogos abertos quanto a isso.
O celibato é questão política, e não religiosa
Para a surpresa de muita gente, o celibato entre os padres não é questão religiosa, e sim, política. Ao menos é isso o que fala Richard Sipe, um estudioso que analisa a situação da igreja há mais de 25 anos. De acordo com ele, apóstolos de Cristo eram casados, o que não torna “errado” que os padres também possam fazer isso.
No entanto, em 1537, ainda assim, eles foram proibidos de casar, pois o Vaticano não queria que os filhos desses padres, seus herdeiros, tentassem disputar qualquer tipo de herança que tivessem direito. A prática é defendida pela Igreja Católica até os dias de hoje e, provavelmente, vai continuar assim por longos períodos.
Ossos de indígenas em colégios da Igreja Católica
Após a chegada dos europeus ao território norte-americano, um choque de cultura muito forte aconteceu entre os dois povos. A Igreja, grande influenciadora da Europa, viu, na nova terra, a oportunidade de perpetuar suas crenças, tendo nos povos indígenas seu principal alvo. Porém, a abordagem não era nada amigável.
Recentemente, no Canadá, foram descobertos colégios, que eram administrados pela Igreja Católica, que continham ossadas de crianças indígenas. Em um deles foram encontrados mais de 200 ossos, enquanto em outro, cerca de 700 foram encontrados. No entanto, no segundo, não ficou claro se todos pertenciam à crianças.
Os internatos foram criados com o intuito de tornar os indígenas mais “sociáveis” dentro da sociedade que estava se formando, porém, acabou suprimindo a cultura desse povo. Agressões físicas, proibição de falar a própria língua, e outras punições severas eram adotadas pela Igreja Católica contra as pequenas crianças da região.
Seriado famoso retratou abuso em escola católica
O episódio, muitas vezes ignorado na história da humanidade, não foi deixado de lado pelo seriado Anne With an E, sucesso entre o público mais jovem. Na série, durante a 3ª temporada, os indígenas são introduzidos na narração, porém, sempre são vistos com preconceitos, além de sofrerem a ação direta da Igreja Católica, que cria os internatos durante esse período.
Ka’kwet, amiga de Anne, é levada para uma dessas escolas, com a promessa de que terá acesso à educação, contudo, enquanto está na escola, a garota sofre com os maus tratos de seus tutores. Apesar da roupagem alegre em alguns momentos, a série conta com alguns dramas reais vividos pelo povo canadense.
Já existiu um Papa mulher
Não se sabe até hoje se é verdade, mas a lenda que se perpetuou foi que já existiu um papa mulher. Se trata da Papisa Joana, que, segundo relatos, foi a escolhida para o cargo de Papa entre as posses de Papa Leão IV e Papa Benedito III. São vários os textos da época que citam a imagem dela como autoridade máxima do Vaticano.
No entanto, isso acabou acontecendo após uma grande mentira de Joana. Isso aconteceu após a moça se apaixonar por um monge, porém, para viver em um lugar religioso, se passou por homem. Conseguiu se destacar dentro da Igreja, e logo conseguiu posição de destaque na instituição, assumindo até mesmo o cargo de papa com o passar dos anos.
Atuando com o nome de Johannes Angelicus, Joana foi a primeira e única mulher a ocupar o posto de Papa, mas isso não durou muito tempo, já que ela teria ficado entre 2 ou 3 anos nessa posição. Tudo isso acabou quando Joana acabou engravidando do monge com que vivia, o que causou grande alvoroço na época.
Joana teve morte brutal
Após descobrir a farsa, a Igreja Católica não foi nada empática com a situação. A solução encontrada? Amarraram Joana em um cavalo, e arrastaram ela para fora da cidade de Roma, enquanto uma chuva de pedras caia sobre ela, até levá-la à morte. O final brutal botou fim à trajetória da única mulher a já assumir o posto mais alto no Vaticano.
Apesar de vários documentos da época falarem sobre o homem Johannes Angelicus no cargo de papa, a Igreja Católica nunca confirmou oficialmente a história de Joana, o que deixa diversas dúvidas no imaginário popular. Apesar de não afirmarem, o caminho da morte de Joana é evitado até hoje pelas visitas dos próximos papas.
Um peso e duas medidas
Outras questões em que a Igreja Católica prefere manter segredo é quanto ao perdão concedido aos pecadores. Apesar de ser um ensinamento de Deus, nem sempre isso é seguido como regra pelo Vaticano, que, em muitas ocasiões, acabou fazendo pessoas pagarem seus posicionamentos com a vida.
Joana D’arc, por exemplo, foi uma das maiores heroínas do seu tempo, conseguindo vencer uma guerra pelo seu país. No entanto, por ser considerada herege, acabou sendo condenada à morte pela Igreja Católica. A morte aconteceu em 1430, mas, apenas em 1920 o Vaticano reconheceu o erro e santificou a imagem de Joana.
Já em outros casos, como o de John Lennon, que afirmou que os Beatles, banda que fazia parte, eram mais populares do que Jesus Cristo, a Igreja o perdoou sem muitos problemas. Até hoje a diferença entre as punições entre os dois é alvo de críticas para a Igreja, que, segundo os populares, age de maneira machista com seus fiéis.
Querendo ou não, a Igreja Católica tem manchas em sua história
Apesar do papa dizer o contrário, a Igreja Católica tem manchas em sua história, graças ao posicionamento descabido em alguns casos. No entanto, não deixa de ser uma instituição importante para muitas pessoas mesmo no mundo atual, e parece estar se adequando bem ao que a modernidade exige de suas crenças.
