Como era o registro de pessoas antes da carteira de identidade?

Você sabia que nem sempre existiu a carteira de identidade? Na verdade, esse recurso foi descoberto muitos anos depois de várias gerações. Ter o registro civil dá o reconhecimento de qualquer ser humano como alguém que passou pela Terra. Mas como o registro de pessoas era feito antigamente? 

Nem sempre registrar uma pessoa tinha apenas o significado de testificar que ela veio ao universo. Milhares de anos atrás, o ato de registrar alguém dizia muito sobre o ser humano que adorava eternizar coisas através da história, de desenhos na caverna, lendas e tradições. Por isso veio a ideia de marcar a existência de um indivíduo, seja com o nascimento ou o falecimento.

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Como era o registro de pessoas antes da carteira de identidade?
Fonte: (Reprodução/Internet)

Veja o que vai encontrar neste post:

  • Como começou o registro de pessoas na sociedade;
  • Práticas bizarras de registros;
  • Como era feito antigamente;
  • O que acontecia no mundo quando o RG foi criado;
  • Fato curioso sobre costumes das mulheres.

Qual é o significado por trás do registro de pessoas?

Conforme dito no começo do artigo, os povos antigos tinham o costume de eternizar os acontecimentos. Prova disso foram os faraós que registraram toda a sua vida nas pirâmides com escritos e desenhos. O intuito dessas figuras que se intitulavam como deuses era de serem lembrados pelas gerações que ainda estavam por vir.

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Logo, o que se entende hoje de carteira de identidade ou de outros meios de identificação é um reflexo da importância que a humanidade dá ao reconhecimento. Além do interesse de se tornar lembrado pela sociedade. Quando os primeiros grupos de pessoas surgiram não existia um sistema de registro público.

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Então, o que aconteceria era uma certa administração bem diferente do que estamos acostumados hoje. Então, no início das civilizações o que aconteceria era a testificação. Ou seja, pessoas conhecidas testemunhavam que o indivíduo realmente existia. Mas com o passar do tempo e com a população em constante crescimento, outras medidas precisaram ser tomadas.

Como era feito o reconhecimento social 

Há milhares de anos atrás, o registro de pessoas era feito apenas para ter o controle numérico da população. Assim, o registro público era feito literalmente de forma pública em cerimônias na presença de pessoas da mesma comunidade e família. Um fato curioso é que era muito comum ocasiões como núpcias, nascimento, puberdade serem anunciadas e ter um processo exclusivo.

Para os povos antigos, essa exposição era necessária para comprovar o estado jurídico de determinada pessoa. Em Roma, a população tinha o costume de jogar moedas nas igrejas como forma de contagem de pessoas na cidade. Então, toda vez que alguém nascia ou morria alguém ia no templo e atira uma moeda.

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Com base na cultura romana, quando nascia um bebê uma moeda era arremessada no templo da deusa Lucina, a divindade protetora das gestantes. Em casos de morte, a moeda era atirada no tempo de Venus Libitina, conhecida por ser a deusa da morte e dos funerais. Já na época da puberdade dos jovens, a moeda era jogada no tempo da deusa protetora dos adolescentes.

Costumes macabros para registrar pessoas

Como pode ver, os costumes eram dos mais diversos possíveis. Se não existia carteira de identidade, então como o procedimento era feito? Mesmo depois de muitos anos da Roma antiga, se o indivíduo não tivesse assinaturas ou fotos que comprovassem quem ele realmente era, os documentos constavam apenas a sua nacionalidade. Ou seja, não era nada seguro.

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Dessa forma, o jeito de assegurar que outra pessoa não iria assumir sua identidade era marcando a pessoa com ferro em brasa. Isso mesmo, igual é feito com gado nos dias atuais. No século 16, na Rússia, os escravos eram marcados com barras em chamas no rosto para marcar quem era o seu dono. O mesmo costume era visto em culturas como a da França.

Já o símbolo da monarquia e o desenho da flor de lis servia como forma de reconhecer criminosos. Pode parecer óbvio, mas essa prática para lá de macabra não foi a solução para os problemas de identificação do ser humano. Na era medieval, as famílias da monarquia faziam o registro de seus membros através de sinetes de selo para cartas e dos brasões.

Primeira carteira de identidade

Depois da proclamação da República, os primeiros cartórios foram criados no país dando início ao registro civil que conhecemos hoje. Mas antes disso, o registro era realizado pelas certidões de batismo que vinham da Igreja Católica. Por isso, durante muitos anos o registro civil era composto por documentos emitidos pela entidade religiosa.

Já em 1986, os primeiros registros seguiam o modelo antropométrico desenvolvido em Paris por Alphonse de Bertillon, um criminologista francês. Os dados que constavam nos documentos eram nome, cor, altura e peso do indivíduo. Outras medidas do corpo também precisam constar no papel. Ainda bem que hoje em dia não é mais assim, né?

Há mais de 100 anos atrás, mais precisamente em 1903, no mandato de Rodrigues Alves que o formato de identificação por datiloscopia foi introduzido dando forma à primeira carteira de identidade. Assim, os indivíduos passaram a ser identificados através de suas impressões digitais. O responsável pela implementação foi Félix Pacheco.

Curiosidades - Como era a vida há 100 anos atrás

Se há mais de 100 anos atrás estava sendo criada a primeira carteira de identidade, já pensou como era viver em tempos como esse? Pois é. Para quem não sabe, em meados de 1910 os nossos antepassados presenciavam a Segunda Guerra Mundial, embate que reuniu diversos países ao redor do mundo.

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Ainda, o mapa que estamos acostumados a ver nas escolas atuais não era nada parecido com o mapa de antigamente. No lugar do nome dos países, existiam nomes de impérios como resultado da junção de vários povos. Outra curiosidade é que, por incrível que pareça, os Estados Unidos não era a maior potência do mundo. A Inglaterra que detinha o maior poder econômico.

O que aconteceu naquele período era que o mundo entrava em um momento de brigas por territórios. Já no final do embate, os Estados Unidos, que até então financiava armas para os outros países, entrou na guerra. Como resultado, todo mundo ficou devendo os norte-americanos e assim os EUA se consagrou como o país “super poderoso” que é hoje em dia.

Problemas com a gripe espanhola

Enquanto a carteira de identidade estava sendo aperfeiçoada no Brasil, os brasileiros e outros povos lutavam contra a gripe espanhola. A pandemia teve início no começo de 1918 e acabou no final de 1920.

O vírus atacou milhares de pessoas, deixando mais de 100 milhões de vítimas. Embora a gripe tenha levado o nome de “espanhola”, especula-se que os primeiros casos tenham surgido nos Estados Unidos e não na Espanha.

O que estava passando nos cinemas

Com quase 10 anos da primeira carteira de identidade, os cinemas se tornavam uma verdadeira febre. Em meados de 1920, o cineasta Charlie Chaplin marcava uma geração com seus filmes de comédia silenciosos. O artista britânico era simplesmente o ícone do cinema mudo.

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Fonte: (Reprodução/Internet)

Já no universo dos desenhos animados, a atração Gato Felix era o preferido das crianças daquela época. Assim como as obras de Chaplin, Gato Félix fazia parte do gênero do cinema mudo. Pode-se dizer que outros desenhos como Tom e Jerry foram inspirados no gato mais famoso dos anos 20.

Tempos depois, o Gato Félix ganhou a versão colorida nas televisões. Outro personagem muito conhecido no mundo era o cachorro Rin-Tin-Tin. A atração ganhou vida em séries e em filmes durante a década de 20. O primeiro filme com o pastor alemão foi em 1922. O mais interessante dessa história é que o animal realmente existiu e interpretava ele mesmo.

Enquanto isso, no Brasil

Já no Brasil, essas atrações demoraram um pouco para chegar nas telinhas. Por aqui, o que estava em alta era a nova tecnologia do momento: o rádio. Na política, o país tinha como presidente Epitácio Pessoa que chegou a proibir que atletas negros competissem pela seleção brasileira. Como pode ver, há 100 anos atrás o racismo era algo muito presente.

Economicamente falando, o Brasil era um grande exportador de café nos anos 20 tendo como principal região produtora o estado de Minas Gerais. Inclusive, era o lugar mais populoso do país. Em relação aos costumes da época, as mulheres estavam começando a ter seu espaço e um estilo próprio.

A partir daquela década, ficou cada vez mais comum ver mulheres dirigindo ,por exemplo, e falarem sobre assuntos relevantes como política. Os cabelos longos deram lugar ao charmoso corte Chanel, ou chapéus modernos.

Costume estranho de antigamente

Como pode ver ao longo deste artigo, existiam diversos hábitos estranhos antigamente. Alguns deles eram marcar alguém com brasa como forma de fazer o seu registro de identidade ou lançar pedras nas igrejas para contar os nascimentos e óbitos. Mas não para por aí, viu? Existem muitos outros costumes bizarros. As mulheres podiam confirmam essa informação.

Não era só a carteira de identidade que não existia naquela época. Na década de 30, as mulheres passaram a alisar seus cabelos e para isso utilizavam um recurso para lá de inusitado: ferro de passar roupa. Pois é. O secador e a chapinha só foram inventados muito tempo depois, até lá o ferro servia para muitas finalidades. A prática só foi abandonada depois dos anos 60.

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