Escala Richter - entenda o que isso significa e quando há perigo

A expressão “Escala Richter” costuma sempre vir acompanhada de notícias tristes e de tragédias. No entanto, nem todo mundo sabe o que ela significa na prática. Afinal, porque existe essa ligação entre a escala e as tragédias? Vamos descobrir. 

Basicamente, nós temos a Escala de Richter como um apelido para a Escola de Magnitude Local. O que é isso? É uma escala que é usada de forma comum para medir a magnitude de um sismo. Já o sismo, por sua vez, se traduz em terremotos. Logo, essa é a ligação.

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Escala Richter - entenda o que isso significa e quando há perigo
Foto: (reprodução/internet)

Nesse texto, você vai ler:

  • A parte técnica da criação da Escala;
  • A parte prática da Escala de Richter;
  • Quem é o Richter;
  • Os casos mais intensos de terremotos no mundo;
  • Magnitude e Intensidade.

A parte técnica da criação da Escala

Considere que essa escala foi criada a partir do cálculo do logaritmo da amplitude horizontal do maior deslocamento a partir do zero. Para isso, foi usado um aparelho chamado de sismógrafo de torção ou sismógrafo de Wood-Anderson.

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Só que essa parte técnica e mais teórica acaba não importando muito para a maioria das pessoas. Porque, no fim das contas, o que queremos mesmo saber é: quando essa escala indica perigo e quando indica que não há perigo?

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Para que esse contexto fosse mais popularizado e acessível foram criadas as tabelas, que listam e ranqueiam os sismos através das magnitudes. Por exemplo, um microssismo tem magnitude menor do que 2 e um extremo tem magnitude acima de 10.

A parte prática da Escala de Richter

Vamos então para a parte prática disso tudo. Afinal, um microssismo nem são perceptíveis pelos humanos enquanto que um sismo extremo nunca foi conhecido, já que poderia causar até mesmo a morte de uma grande parte da população.

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Sendo o sismo uma espécie de terremoto, a gente sabe que a liberação de energia acontece através do choque das placas tectônicas e isso cria as ondas sísmicas. A partir disso, dá para se ter ideia da frequência, do tipo e do tamanho dos terremotos. Veja a classificação deles.

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Microssismos

Os microssismos são os menores terremotos que acontecem. E eles são tão “leves” que acontecem em torno de 8 mil vezes por dia e ninguém nota. É isso mesmo: essa quantidade de vezes ao dia.

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Curiosamente, por ter uma magnitude abaixo de 2, eles são considerados leves e imperceptíveis por humanos. Por outro lado, acredita-se que há animais, que são mais sensíveis, que podem “sentir” esses pequenos encontros de placas tectônicas.

Muito Pequenos

Depois, vem os terremotos chamados de “muito pequenos”. Eles ficam entre 2 e 2,9 na magnitude da Escala Richter. Também é comum que não sejam sentidos pelos humanos. Mas, podem ser detectados por sismógrafos.

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Estima-se que eles aconteçam em uma variável de 1 mil vezes por dia.

Pequeno

Na sequência, vem os de magnitude “pequenas”. A variação de magnitude fica entre 3 e 3,9. Eles podem ser sentidos pelos humanos. No entanto, quase nunca causam danos.

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A estimativa, nesse caso, é de que existam 49 mil pequenos terremotos anuais. Isso dá uma média de 135 pequenos terremotos diários.

Ligeiro

Com magnitude que fica entre 4 e 4,9, os terremotos “ligeiros” são aqueles pequenos tremores notórios dentro de casas e habitações. Ou seja, a partir daqui já é preciso começar a prestar muita atenção.

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Eles fazem ruídos de choque entre objetos, por exemplo. São considerados os primeiros sismos significativos, mas que ainda não causam danos improváveis. Eles acontecem em uma frequência de 6.200 por ano. Nesse caso, a média fica em 17 por dia.

Moderado

O terremoto “moderado” tem um nome bastante sugestivo. Afinal, eles são moderados porque ficam entre o “mínimo” e o “máximo”. Logo, existem muita atenção. Acontecem por mais do que 2 vezes por dia e merecem cuidado porque podem causar danos.

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Eles têm magnitude que ficam entre 5 e 5,9. Além disso, causam danos em edifícios que são mal estruturados e em zonas restritas. Já em construções bem-feitas, ele causa apenas danos ligeiros, que não costumam causar problemas maiores.

Forte

O que seria um terremoto “forte”? Aquele que causa danos, obviamente. Porém, ele está longe de ser o pior de todos. Com magnitude na Escala de Richter que fica entre 6 e 6,9, ele acontece em torno de 120 vezes por ano. Isto é, uma vez a cada 3 dias, na média. 

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O fato é que podem ser terremotos destruidores em áreas habitadas. E podem chegar a 160 quilômetro de distância em torno do epicentro, que é onde ele acontece. 

Grande

Quando se fala em terremoto “grande”, a preocupação se torna ainda maior. Afinal, ele quase sempre causa danos graves em zonas vastas. Ou seja, chegam a quilômetros e quilômetros de distância. A magnitude fica entre 7 e 7,9.

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É comum que aconteça em 18 vezes ao ano, isto é, pouco mais do que uma vez por mês. 

Importante

Ele é bem mais raro (ainda bem). Cientistas acreditam que o terremoto “importante” aconteça uma única vez no ano. Ele tem magnitude de 8 a 8,9.

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Sobre os efeitos que podem causar, a gente cita aqui os danos sérios em áreas que chega a centenas de quilômetros de distância. É algo bastante preocupante.

Excepcional

Com variação de 9 a 9,9 de magnitude na Escala Richter, o terremoto “excepcional” é aquele que acontece uma única vez a cada 20 anos. O problema é que ele causa um dano tremendo, literalmente. 

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Logo, ele devasta zonas em raios de milhares de quilômetros em torno do epicentro.

Extremo

O último que se tem notícia, aliás não se tem notícia, mas se tem conhecimento, é o terremoto “extremo”. Ele ainda é desconhecido na história. No entanto, sabe-se que é aquele que está acima de 10 pontos na Escala de Richter.

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Ainda que nunca tenha acontecido, ele pode devastar a população e, quem sabe, a humanidade. 

Quem é o Richter

Já chegando ao fim do texto, você pode ter duas dúvidas mais comuns. A primeira é sobre quem é o Richter, que dá nome a Escala de Magnitude e outra é sobre quais os principais e piores terremotos que já aconteceram. Vamos falar disso a partir de agora.

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Charles Francis Richter e Beno Gutenberg foram os nomes por trás do estudo inicial da Escala de Magnitude Local, em 1935. Eles eram do Instituto de Tecnologia da Califórnia e queriam separar os sismos pequenos, que eram mais comuns, dos mais intensos, menos frequentes. 

Para isso, começaram a usar um quarto de unidade e depois, uma escala decimal, que se mantém até hoje. A escala se baseia entre valor base e valor medido e a partir de 0. Hoje, com sismógrafos modernos, dá para saber que essa pontuação pode ser até mesmo negativa. 

Os casos mais intensos de terremotos no mundo

Considerando aqui um fato de que os sismos que acontecem na magnitude abaixo de 3,5, a gente tem os terremotos menos intensos e menos preocupantes. Para aqueles que vão até 5,4 na Escala de Richter, então, dá para se considerar perigosos porque é possível sentir eles.

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A partir dos 7 é que a coisa complica. Isso porque eles já podem causar danos graves em grandes áreas. Acima de 8, mais ainda. Assim, a gente chega ao sismo mais intenso já registrado, que chegou a 9,5 na Escala Richter e foi no Chile, em 1960.

Portanto, esse foi o maior terremoto já mensurado por instrumentos. Ele ocorreu em maio e causou a morte de 2 mil pessoas. Em 2010, o país sofreu de novo com abalos sísmicos, sendo de magnitude 8,8 e matou mais 700 pessoas.

Curiosidade: magnitude e intensidade

Para quem gosta de estar mais antenado e atualizado no assunto, considere que a Escala de Richter não avalia a intensidade de um sismo, somente a magnitude. Por isso, mais tarde, em 1979, a escala de magnitude de momento passou a ser mais usada do que a de Richter.

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Isso porque ela avalia os sismos com base na energia libertada. Ela foi criada por Thomas C. Hanks e Hiroo Kanamori. Ainda que seja menos conhecida, ela é usada para estimar magnitudes e também usa uma base 10.

Só para fins comparativos, entenda que um terremoto de magnitude 6 na Escala Richter pode liberar 15 quilos toneladas (kt) de energia sísmica de TNT. Isso equivale a 63 toneladas de joules (TJ) e é algo como o que aconteceu com a bomba atómica Little Boy, de Hiroshima.

Os sismos naturais e os induzidos

E agora sim para fechar o texto, considere que há os sismos naturais, que são, de fato os terremotos que mencionamos aqui. Eles têm a ver com as placas tectônicas. Por exemplo, os que acontecem na fronteira delas, chamados de sismos interplacas.

Mas, eles também podem ser induzidos. O que seria um sismo induzido? Você deve imaginar. São aqueles associados a ação humana, direta ou indiretamente, como na extração de minerais, de água, de combustíveis fósseis e armas nucleares. O maior deles foi em 1967, na Índia, com magnitude de 6,3 na Escala do Momento. 

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