Esses tratamentos médicos feitos no passado são bizarros

Nem sempre os tratamentos médicos foram tão evoluídos como os de hoje em dia. Até chegar nas inovações mais modernas, a sociedade precisou tratar doenças de uma maneira muito estranha. O pior é que os tratamentos antigos não eram só bizarros, mas podiam ser até mesmo ineficazes.

Sem contar que determinados métodos podiam ter o efeito contrário do desejado, e acabar matando os pacientes. Separamos alguns tratamentos médicos do passado que provavelmente você vai achá-los absurdos. Sabe o que é mais chocante? Os medicamentos foram regulamentados e aprovados pelos órgãos de saúde da época.

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Fonte: (Reprodução/Internet)

Trepanação

Atualmente, grande parte das doenças mentais são tratadas com medicamentos e com o acompanhamento psicológico. Todavia, há alguns anos atrás, a trepanação era o tratamento utilizado nesses casos. Trata-se de uma técnica cirúrgica em que o médico faz buracos na cabeça para tirar a placa óssea e ter acesso ao cérebro.

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Com a ausência de equipamentos modernos, o procedimento era feito com um instrumento pontudo, parecido com o saca-rolhas. Desse modo, possibilitava a penetração. Se acha que essa é a pior parte, nas primeiras civilizações o furo era realizado com pedras ou lâminas. A trepanação não é totalmente errada, porém só é utilizada em casos excepcionais.

Os profissionais podem optar por esse tratamento em casos de hematoma epidural, que ocorre um acúmulo sanguíneo. Antigamente não era só nessas situações, na verdade era muito utilizado para retirar espíritos malignos do povo. Embora seja uma prática fora de moda, existem culturas que ainda adotam essa abordagem para fazer o alinhamento de chacras.

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Lobotomias

Em terra de Lobotomia, não se falava em medicação e muito menos em terapia. Por volta dos anos 30, a depressão era tratada com um buraco na cabeça do paciente. A perfuração era feita com o leucótomo, a fim de destruir determinadas áreas do cérebro. A mente brilhante por trás desse tratamento foi o neurologista António Egas Moniz.

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Por incrível que pareça, o médico chegou a ganhar o Prêmio Nobel. Esse procedimento cirúrgico super invasivo ficou popular nos Estados Unidos através do neurocirurgião Walter Freeman. Um pequeno detalhe é que o americano adaptou o procedimento ao usar um picador de gelo e um martelo.

O instrumento era colocado no canto do olho da pessoa, e ia sendo introduzido até chegar no córtex pré-frontal. Quando atingia a área desejada, o médico girava o picador de gelo até destruir a região que poderia estar causando depressão, distúrbio bipolar e psicoses. Assim, os pacientes ficavam sem as capacidades mentais e outros chegavam a morrer.

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Supositório de rádio

Os remédios radiativos foram verdadeiras febres no final do século XIX. O medicamento era utilizado para diversas finalidades, desde dar energia da juventude até melhorar as vistas. A radiação era como se fosse uma porção mágica: tomou, passou. O rádio era utilizado para tratamentos médicos de doenças severas como o câncer.

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Naquela época, era possível encontrar radiação em manteigas, pasta de dente e produtos de higiene como sabonetes. O produto mais famoso era o supositório de rádio, que prometia devolver aos homens o vigor sexual, resolver problemas na região genital das mulheres e curar hemorroidas. Felizmente, a maioria dos itens era pura enganação. Ou seja, não tinha rádio.

Por outro lado, funcionários que trabalhavam com rádio de verdade faleceram. Foi descoberta em uma empresa, que tinha empregadas que usavam tinta radioativa para pintar mostradores de relógio. Logo em seguida, elas lambiam o pincel cheio de rádio acreditando que aquilo faria bem à saúde. Dá para acreditar nisso?

Mercúrio para doença de sífilis

Outro método absurdo era o uso de mercúrio para tratar sífilis. Lembrando que sífilis é uma doença sexualmente transmissível (DST) e que pode levar à morte. Diversos tratamentos já foram estudados para a doença, mas o que se popularizou no século XI foi o mercúrio. Os pacientes faziam unguento utilizando o metal.

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Fonte: (Reprodução/Internet)

As aplicações aconteciam diretamente nas feridas, como se fosse uma sauna. O paciente sentava em uma caixa a vapor com mercúrio. Acredite se quiser, mas a prática durou até o início do século XX. Para ser ainda mais bizarro, o tratamento ganhou versão em injeções e pílulas. Com injeções, o mercúrio era injetado nas veias.

O metal foi usado até 1920, quando surgiu uma medida eficaz de verdade que foi o Salvarsan. Ainda assim, ele dava efeitos colaterais. Talvez pelo fato de ser um veneno de rato. Somente 30 anos depois, foram desenvolvidos Benzetacil e Penicilina que curariam os pacientes com sífilis em fase inicial.

Insulina para esquizofrenia

Sabe a insulina? Isso, a mesma utilizada em pacientes diabéticos. Era o remédio para quem sofria de esquizofrenia. O primeiro caso de paciente que recebeu doses de insulina para tratar o problema foi Leonard Thompson, em 1922. Quem inventou esse tratamento foi o psiquiatra Manfret Sakel. Na época, as opções de remédios eram quase inexistentes.

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Fonte: (Reprodução/Internet)

A fim de achar uma solução, o psiquiatra criou um protocolo o qual previa que os esquizofrênicos receberiam doses de insulina progressivas. O objetivo era fazer com que os pacientes entrassem em hipoglicemia e, posteriormente, em coma. Quando a insulina fosse cortada, era esperado que o paciente saísse do coma. O tratamento tinha duração de meses.

O resultado do tratamento era caótico. Ao aplicar insulina em grandes doses, o profissional está prejudicando o organismo do paciente, causando danos cerebrais e criando quadro de obesidade. Ainda assim, Sakel jurava que via melhoras em seus pacientes. Essa abordagem foi duramente reprovada depois de 1970.

Chá de múmia

Sem dúvidas, essa técnica é para lá de bizarra. As múmias nunca foram tão procuradas, como na época em que eram consideradas parte de tratamentos infalíveis. Prova disso é que uma enorme quantidade de múmias eram enviadas para o continente europeu. Lá, elas passavam por um processo de transformação em que viravam elixires e pastas.

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O betume era utilizado como base de diversos medicamentos. Para os profissionais da antiguidade, as múmias podiam curar epilepsia e outras doenças. Durante muitos anos, a sociedade achava que os corpos eram a cura. No entanto, tudo não passou de uma tradução muito equivocada do idioma árabe.

Acontece que betume se chama mumiya, em árabe. Assim, os europeus achavam que se tratavam dos corpos ressecados, as múmias. Assim, trituravam os restos mortais e faziam chás. Antes de descobrirem que tudo não passava de engano, os egípcios praticamente se matavam para conseguir abrir tumbas e comercializar as múmias.

Corte da gengiva de bebês

Na Idade Média, os povos tinham hábitos terríveis, o que podia ser provado pelo alto índice de mortes de bebês. Além da ausência de métodos de higienização, os nenéns morriam constantemente durante o nascimento dos dentes. Para os médicos da era medieval, se é que podiam ser chamados assim, a dentição fazia mal para os bebês.

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Fonte: (Reprodução/Internet)

No século XVI, Ambroise Paré, um cirurgião francês, criou a técnica de remoção de gengiva. Logo, assim que a gengiva do bebê começasse a inchar, o médico passava um bisturi para retirar toda a gengiva, a fim de deixar o dente exposto. O pior de tudo isso é que o procedimento era feito sem qualquer anestesia. Pensa como deveria ser a dor dos bebês.

Para ser ainda mais assustador, a técnica foi usada durante longos anos. Junto a esse tratamento terrível, tinha a ausência de assepsia e eventuais infecções. Embora cortar a gengiva dos nenéns seja uma prática da idade medieval, é possível encontrar livros de odontologia dos anos 30 que indicam a remoção.

Heroína e cocaína como analgésicos

Antes de serem consideradas drogas pesadas, heroína e cocaína eram utilizadas como analgésicos. Inclusive, Freud era um adepto da cocaína para essa finalidade e para conter os momentos de depressão. Não se espante, mas a coca é usada até hoje em cirurgias de ouvidos e oftalmológicas. Claro que dentro dos parâmetros permitidos para o uso dessas substâncias na medicina.

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Fonte: (Reprodução/Internet)

Mas nem sempre foi assim. Nos anos 80, existiam clareamento dental e xampus com cocaína. Passou a fazer parte da composição de um refrigerante popular na época. A cocaína era utilizada em crianças que estavam na fase de nascimento dos dentes. Ao aplicar a substância na gengiva, as dores supostamente seriam amenizadas.

Já a heroína foi criada para ser uma versão menos viciante da morfina. No início, o nome era diamorfina. Os criadores da época falharam ao criar a droga, que veio a ser duplamente mais viciante e mais potente. Para reverter a situação, uma empresa batizou o produto com o nome heroína e vendeu como se fosse uma versão que não deixava as pessoas viciadas como a morfina.

O pior de todos: fumo no reto

No último tópico, separamos o que parece ser o pior tratamento de todos os demais que foram citados: o fumo de tabaco no reto. A ideia era tratar diversas doenças com essa técnica. O profissional apontava um instrumento no ânus do paciente e assoprava a substância. O intuito era estimular a respiração, como se fosse um desfibrilador.

Como já era de se esperar, a nicotina foi tida como uma substância maléfica para o organismo humano. Ao invés de ajudar os enfermos, os profissionais estavam provocando um envenenamento. Depois de alguns anos, a técnica bizarra entrou em desuso. Todavia, não sumiu completamente já que fazendeiros europeus passaram a usar o fumo de tabaco em cavalos. Coitados!

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