Esses experimentos bizarros feitos pela ciência deram o que falar

Para chegar até as descobertas científicas que mudaram vidas, os estudiosos percorreram um longo caminho. Durante a jornada, diversos experimentos bizarros foram realizados. Muitos deles ao invés de ajudar os voluntários, acabaram comprometendo a saúde de forma grave. Se essas pesquisas fossem feitas nos dias de hoje, violariam os códigos de ética. 

Separamos alguns experimentos físicos e psicológicos que podem ser considerados cruéis. Os voluntários desses estudos passaram por momentos que pareciam filmes de terror. Foram usados para testes de radiação, mutação de DNA, entre outras coisas esquisitas. Ficou curioso para saber mais? Continue lendo este artigo. 

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Fonte: (Reprodução/Internet)

Teste de radiação em grávidas

No final da Segunda Guerra Mundial, médicos dos Estados Unidos passaram a fazer pesquisas sobre os efeitos da radioatividade. O intuito era saber quais seriam as consequências de uma eventual guerra química. Para isso, deram bebidas com radiação para mais de 800 mulheres que estavam grávidas. 

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O pior de tudo é que os pesquisadores mentiam para as gestantes. As mulheres acreditavam que estavam tomando vitaminas e que a bebida seria benéfica para o bebê. Na verdade, estavam bebendo puro ferro com alta radiação. O objetivo dos médicos era estudar a velocidade que a substância contaminava a placenta. 

Ao passar dos anos, as crianças acabavam falecendo de câncer. A maioria das mortes era por causa da leucemia. Hoje os médicos não recomendam que grávidas tenham qualquer contato com radiação, pois podem causar defeitos genéticos ao bebê. Ainda assim, seria necessário uma radiação elevada para causar danos. Então, já pensou o quanto de radiação tinha naquelas bebidas?

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Teste da Tretinoína

Em 1950, foi feita uma grande descoberta de um ácido que ajudava na redução de manchas e linhas de expressão, a tretinoína. A substância é utilizada até hoje em cremes e produtos de beleza. No entanto, a forma como foi realizada a pesquisa não foi nada digna. Um dermatologista da Universidade da Pensilvânia chamado Albert Kligman dirigiu o experimento. 

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A pesquisa se resumia em usar prisioneiros para testar os produtos. Ao invés de ajudar na saúde da pele, o produto causava dores e deixava cicatrizes. Em torno de 75 detentos das cadeiras da Pensilvânia foram pagos para integrarem os estudos. Até aí tudo bem. Acontece que nenhum deles sabia dos efeitos colaterais que o experimento poderia ter.

“Cura” gay 

Para quem acha que a cura gay foi criada depois dos anos 2000, se enganou. Esse termo bizarro fazia parte do programa de tortura do The Aversion Project que acontecia na África do Sul. O líder do projeto era Aubrey Levin, que torturava soldados homossexuais com a desculpa de que eles seriam curados. 

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O tratamento, se é que pode ser chamado assim, era feito com terapias de aversão eletro convulsivas. Os soldados tinham seus braços amarrados com eletrodos e com mostrador calibrado de 1 a 10. Enquanto eram torturados, os homens eram obrigados a ver imagens de outros homens nus e falar sobre quais fantasias tinham sobre eles. 

Ao falarem sobre seus desejos, eram eletrocutados pelos aparelhos. Sabe quanto esses experimentos cruéis foram para? Só depois de Aubrey Levin e sua equipe serem acusados de violar os direitos humanos. Embora seja uma prática retrógrada, não é incomum ver pessoas gays sendo violentadas e torturadas até hoje.

Projeto MK Ultra

Entre 1953 e 1973, o Projeto MK Ultra esteve em alta nos Estados Unidos, sob liderança do químico Sidney Gottlieb e financiamento da CIA. O serviço de inteligência norte-americano acreditava que os soviéticos estavam realizando estudos com técnicas de manipulação através do uso de drogas. Assim, os EUA achou importante fazerem o mesmo com humanos.

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A partir de então, passaram a observar e fazer testes com criminosos, prostitutos e viciados em drogas. Como sabiam que esse público tinha problemas com a justiça, confiavam que nunca procurariam a polícia para fazer qualquer denúncia. Algumas das pessoas que eram viciadas em droga estavam internadas em um hospital de Kentucky.

Então, os pacientes se mostravam interessados no experimento e recebiam drogas como o pagamento. A qualidade do entorpecente era diferente da que os viciados encontravam nas ruas, tendo em vista que a CIA adquiria de laboratórios que sintetizavam LSD. Ainda, o estudo envolvia abuso sexual e verbal, privação sensorial e outros métodos de tortura.

Teste com mosquitos infectados

Outro experimento bizarro foi o que aconteceu entre os anos de 1956 e 1957. Um estudo biológico foi conduzido pelo Exército dos Estados Unidos em cidades da Geórgia e da Flórida. Durante as pesquisas, milhares de mosquitos infectados foram soltos propositalmente. O objetivo era descobrir se os insetos seriam capazes de transmitir febre amarela  e dengue para os humanos. 

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O resultado era óbvio, não é mesmo? A população contraiu não só febre amarela e dengue como outras doenças. Os principais sintomas foram encefalites, dificuldades respiratórias e febre. Bebês chegaram a morrer durante o parto. Parece história de filme, mas alguns indivíduos do exércitos fingiam que eram trabalhadores da saúde pública para testificar as contaminações. 

O projeto foi chamado de Operação Drop Kick. Dizem que o objetivo principal do estudo era criar armas biológicas, assim acharam que os mosquitos eram fundamentais. No total, foram soltos aproximadamente 600 mil mosquitos. Alguns relatos apontam que pulgas também eram utilizadas na operação. Dá para acreditar? Parece teoria da conspiração.

Experimento com gêmeos

Não se assuste, as coisas podem ficar ainda piores. Que tal falarmos sobre o primeiro experimento científico antiético realizado há mais de 60 anos atrás? Inclusive, a Netflix divulgou um documentário sobre o experimento, que ganhou o nome de “Três Estranhos Idênticos”. O estudo envolve três irmãos gêmeos que foram entregues para famílias diferentes, após serem separados.

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Nenhum dos irmãos sabiam da existência um do outro, e assim ficaram por longos 19 anos. Por coincidência, os gêmeos se encontraram, e descobriram que foram separados como parte de um plano terrível. A agência de adoção mandou cada um deles para famílias diferentes para dar suporte a uma pesquisa que tinha o intuito de descobrir sobre a influência do DNA na educação.

Assim, podiam descobrir se a genética tinha alguma relação com a forma de agir dos irmãos. O caso ainda continua um mistério, já que o responsável pelo experimento, Peter B. Neubauer, faleceu. O fato surpreendente é que outros irmãos gêmeos faziam parte do estudo macabro e nem sonhavam com isso.

Vacina contra hepatite

Nos anos 50, em Nova York, uma clínica para crianças com distúrbios mentais começou a ter um surto de hepatite devido à falta de higienização. Para solucionar a questão, o cientista Saul Krugman foi enviado à instituição para identificar o que estava acontecendo. Então, decidiu fazer pesquisas com o intuito de desenvolver uma vacina. 

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Entretanto, ao invés de ajudar as crianças, o cientista fez um experimento capaz de infectar ainda mais as crianças. No lugar de fazer os testes iniciais, ele aplicou diretamente nas crianças. O fato mais esquisito, é que Saul misturava bebidas de chocolate com as fezes das crianças doentes para testar a imunidade contra a hepatite. 

Pelo fato das famílias estarem desesperadas com o quadro dos filhos, aprovavam as medidas do cientista maluco. Desse modo, os pais passavam a tentar uma vaga nas instituições colocando suas crianças como voluntários para os experimentos com a vacina. Muitos anos depois, em 1991, a uma vacina segura contra a hepatite foi aprovada na Europa.

Teste de radiação para fertilidade

Não foram só as mulheres que passaram por testes de radiação. Durante os anos de 1963 e 1973, detentos eram usados para testes promovidos pela Comissão de Energia Atômica dos Estados Unidos, junto com o médico endocrinologista Carl Heller. 

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O objetivo dessa parceria era descobrir os efeitos da radiação no sistema reprodutor dos homens. Assim, o médico passou a aplicar radiação nos órgãos genitais dos prisioneiros de Oregon. Como se já não fosse horrível o suficiente, os detentos eram submetidos a biópsias e até vasectomia. 

Embora os “voluntários” tenham sido comprados, os homens não faziam ideia de que sentiriam tantas dores durante o experimento. Futuramente, tiveram inflamações e chegaram a desenvolver câncer na região íntima.

Modificação do DNA 

Esse experimento não faz tanto tempo assim. Aconteceu em 2018, quando o cientista chinês He Jiankui fez estudos para modificar o DNA de dois bebês gêmeos. A pesquisa tinha a finalidade de fazer a alteração antes do nascimento, para deixá-los resistentes ao HIV. A ferramenta de edição genética utilizada foi CRISPR-Cas9.

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Sem sucesso, as pesquisas foram consideradas antitéticas por promoverem alterações relevantes em humanos. Além disso, o experimento foi em vão já que não seria capaz de evitar a propagação do HIV. O resultado do estudo foi que meses depois crianças podem ter ficado com sequelas severas. Ainda, poderiam estar correndo o risco de morrerem cedo.

O prêmio de mais bizarro vai para: Células de câncer em detentos

Se é possível considerar um experimento mais bizarro, podemos dizer que foi o estudo de células do câncer em detentos. Entre os anos 50 e 60, o oncologista Chester Southmam deu início a pesquisas em um hospital de Nova York para desvendar como o sistema imunológico reagia às células cancerígenas. Decidiu injetar essas células em pessoas, sem o conhecimento delas. 

Apesar de alguns prisioneiros saberem que se tratava de um experimento,  não sabiam de todas as informações. A consequência foi o surgimento de nódulos cancerígenos. Em um dos casos, levou à metástase. O estudo só foi encerrado depois de um dos cientistas convidados descobrir os métodos utilizados e denunciar Chester.

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