Esses foram os piores acidentes radioativos da história

Os acidentes radioativos são aqueles que liberam radioatividade no ar. O mais comum é que eles resultem em ferimentos, contaminações e mortes. Apesar de que hoje em dia a indústria tem tentado tornar o assunto como confidencial do governo, há histórias explícitas. 

Alguns estudiosos optam por separar os acidentes radioativos entre os nucleares e os acidentes de radiação. Os de radiação são mais comuns e acontecem em escala limitada. Por isso, os nucleares chamam mais a atenção. Nesse artigo, vamos mencionar os dois tipos.

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Esses foram os piores acidentes radioativos da história
Foto: (reprodução/internet)

Therac-25 (1985)

A gente vai começar com esse tópico para você ver que nem sempre um acidente radioativo precisa envolver a explosão de uma bomba. Considere que Therac-25 era uma máquina de radiografia que foi feita pela Atomic Energy of Canada. 

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Foto: (reprodução/internet)

O dispositivo foi responsável pela morte de 3 pacientes entre 1985 e 1987. A causa foi o envenenamento por radiação. O problema estava justamente na quantidade de radiação que era emitida no seu funcionamento. E isso impressiona muito.

Ou seja, enquanto o paciente deveria receber 200 rads, ele recebia algo como 20 mil. Ao todo, 11 máquinas dessa foram produzidas e enviadas aos Estados Unidos e Canadá. Todas foram suspensas após os casos de morte e não se tem mais notícias dos equipamentos.

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Yucca Flat (1970)

Esse lugar é bastante conhecido porque ele serve para testes nucleares. Ele fica em Nevada, próximo a Las Vegas. Foi no fim de 1970 que um dispositivo de alta potência foi detonado no subsolo. Ele provocou rachaduras e detritos radioativos na atmosfera.

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Foto: (reprodução/internet)

Com isso, quase 100 trabalhadores foram expostos a radiação, mas não se tem informações concretas sobre o que aconteceu com eles. Atualmente, o lugar é considerado desativado, já que o último teste feito lá foi em 1992.

A causa do vazamento da radiação pode ter sido o rompimento de uma escotilha que comunicava o dispositivo enterrado no solo. O curioso é que apesar da gravidade, esse é um dos acidentes nucleares que menos se tem notícias atualmente. 

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Seversk (1993)

Assim como o que falamos acima, lá na Sibéria também há um lugar que abriga reatores nucleares e indústrias químicas. Ou seja, é uma espécie de lugar para testes. Durante a época da União Soviética, o lugar não podia ser citado no mapa mundi.

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Foto: (reprodução/internet)

Mas, ele foi descoberto em 1992, com o decreto de Boris Yeltsin. Após isso, em 1993, a usina Tomsk-7 sofreu um acidente que colocaria o lugar ainda em mais evidência. Foi quando um tanque de substâncias radioativas explodiu.

Assim, formou-se uma nuvem radioativa na região. Hoje, o lugar é fechado e só pode receber visitas a convite. O número de vítimas que vieram com o acidente é desconhecido. E é outro evento que tem fatos escondidos e desconhecidos na história. 

Bohunice (1977)

A usina de Bohunice ficava na Tchecoslováquia, onde hoje temos a República Tcheca e a Eslováquia. Tudo aconteceu após uma mudança de combustível. Isso porque os absorventes e umidade não foram removidos da forma certa.

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Foto: (reprodução/internet)

Assim, o combustível sofreu um super aquecimento e corroeu o reator. Conforme a Agência Internacional de Energia Atômica, não há estimativas sobre feridos ou mortos já que o acidente foi encoberto pelo governo soviético.

O que se sabe de fato é que os gases radioativos se espalharam pela usina toda e, consequentemente, deve ter causados consequências graves e mortes. O fato foi em fevereiro de 1977 e se tornou mais um entre os vários acontecidos. Mas, não foi o último.

Césio-137 (1987)

Esse acidente radioativo foi considerado de nível 5 conforme os órgãos que estudam o assunto e foi em Goiânia, no Brasil, no ano de 1987. Ele aconteceu quando dois catadores de papéis encontraram um aparelho de radioterapia e levaram para um ferro velho.

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Foto: (reprodução/internet)

Após desmontarem o aparelho, os homens encontraram lá cápsulas de chumbo, que tinham cloreto de césio no interior. A coloração brilhante no escuro impressionou o dono do ferro-velho, que levou o “pó branco” embora e distribuiu entre familiares.

O problema é que após o contato, todos começaram a ter sintomas como náuseas, vômitos e diarreia. Ao todo, 11 pessoas morreram e mais de 600 foram contaminadas. O ferro-velho foi demolido e as autoridades construíram o depósito em Abadia de Goiânia para armazenar o lixo tóxico.

Tepojaco (2013)

Entre os casos mais recentes, a gente tem esse desastre nuclear que envolveu muito mais do que uma explosão. Foi quando um caminhão que transportava uma carga de cobalto-60 foi roubado. O elemento interno era fonte de teleterapia de um hospital. 

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Foto: (reprodução/internet)

O veículo foi roubado em um posto de combustível em Tepojaco, no ano de 2013. Há mais de 2 quilômetros, ele foi encontrado, porém, não sem antes sofrer um acidente. Isso fez com que acontecesse a liberação de carga nuclear na atmosfera.

Assim, as autoridades locais emitiram um alerta para que quem tivesse tido contato com o material buscasse ajuda médica. Os ladrões nunca foram encontrados, mas acredita-se que tenham morrido devido a radiação do cobalto-60.

Three Mile Island (1979)

Outro cenário de acidente nuclear muito famoso foi na central nuclear de Three Mile Island, que atingiu o nível 5 da Escala Internacional de Eventos Nucleares, em 1979. O lugar fica perto de Harrisburg, na Pensilvânia, lá nos Estados Unidos.

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Foto: (reprodução/internet)

O motivo foi um superaquecimento devido a um problema mecânico. Os técnicos optaram pela liberação de vapor e gases para que não houvesse a explosão. Até hoje não há relato de mortes pela radiação, mas 25 mil pessoas tiveram contato com os gases.

Após o acidente foi criada uma Comissão Nuclear Reguladora que chegou à conclusão de que o número de casos de câncer devido aos gases será “tão pequeno que nunca será possível detectá-los”. Por isso, pode-se dizer que foi um acidente com final feliz. 

Windscale (1957)

No ano de 1957, devido ao período de pós Guerra, a gente teve pelo menos dois acidentes nucleares que chamaram a atenção. Um deles tem a ver com a Inglaterra, que estava em busca da criação de armas nucleares. E isso tem tudo a ver com acidentes nucleares.

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Foto: (reprodução/internet)

Com isso, a pressa em fazer uma bomba atômica levou a um incêndio em Windscale, foi quando vazou material radioativo para a atmosfera. Para que se mantivessem uma boa imagem do programa de bomba nuclear, o país ocultou as negligências. 

Só que mais tarde, estudiosos levaram a conclusão de que essa falsa imagem passada pelo governo local pode ter ocasionado mais de 2 centenas de mortes, como em casos de câncer entre todas as regiões vizinhas do lugar do acidente.

Kyshtym (1957)

O desastre de Kyshtym é um dos mais antigos. Ele vem desde a criação da usina Mayak, que esteve à frente da corrida nuclear da União Soviética. Lá, houve uma falha no sistema de refrigeração do armazenamento dos resíduos nucleares. E isso causou a explosão de um tanque.

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Foto: (reprodução/internet)

A nuvem de gás contaminou toda a região em mais de 800 quilômetros e chegou a cidade de Ozyorsk, que não estava no mapa soviético. Ao todo, 10 mil pessoas foram evacuadas das regiões sem explicação do governo naquele momento. 

Mais tarde, houve o registro de pelo menos 200 mortes por conta da exposição a radiação dos gases que vieram da usina de Mayak. O tanque que explodiu tinha 80 toneladas de material radioativo. Em termos de importância, ele fica atrás do evento de Chernobyl e Fukushima.

Fukushima (2011)

Talvez você se lembre desse acidente radioativo porque ele é um dos mais recentes. E o nome deixa claro o local: Japão. Foi quando a usina nuclear Daiichi sofreu danos em vários reatores em 2011. Isso foi devido a um terremoto de 9 graus Richter.

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Foto: (reprodução/internet)

As autoridades disseram na época que os níveis de radiação foram altos, sendo um grau 5 na Escala Internacional. Após o ocorrido, os cientistas daquele mesmo país comentaram que iriam realizar uma mini-fusão nuclear para entender o acidente de 2011.

Para estudiosos, esse pode ter sido um desastre nuclear tão preocupante como de Chernobyl. Até hoje há um programa contínuo de limpeza para descontaminar a área afetada e evitar a contaminação da água que fica abaixo da terra. 

Chernobyl (1986)

Parece não haver dúvidas de que, no mundo todo, o acidente nuclear de maior destaque tenha sido o de Chernobyl, na Ucrânia, em 1986. Ele aconteceu quando um reator da usina nuclear apresentou problemas técnicos e liberou uma nuvem radioativa de urânio e grafite.

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Foto: (reprodução/internet)

O acidente causou a morte de mais de 2,4 milhões de pessoas das regiões próximas e atingiu o nível 7, considerado até hoje o mais grave da história com base na Escala Internacional de Acidentes Nucleares, a INES. Por isso, ele é motivo de produções de filmes e séries hoje em dia.

As mortes foram impulsionadas quando vários trabalhadores foram enviados ao local sem o equipamento adequado e morreram em combate. A solução foi construir uma coluna de concreto, aço e chumbo para cobrir a área da explosão. Até hoje o local é nocivo pela radiação.

Por que existem os acidentes radioativos

Se você entendeu o texto pode ter notado que há vários motivos para que acidentes radioativos, seja de radiação ou os nucleares, aconteçam. Os exemplos mais comuns são os de acidentes críticos, deterioração térmica, transporte e erro humano.

Mas, eles também podem acontecer devido a falha no equipamento, seja em dispositivos eletrônicos ou softwares de controle. Há ainda casos de perda de fonte ou os que acontecem em usinas nucleares. Por fim, ele pode ser causado por acidente de perda do resfriamento.

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