Essas pessoas foram presas injustamente

No mundo todo, muitas pessoas foram presas injustamente. No Brasil, a lista também é grande e um dos motivos é a lentidão da justiça que temos por aqui. Independente dos motivos, esse texto é para citar os casos de pessoas que foram presas injustamente.

Você vai ver histórias reais, verdadeiras e chocantes de pessoas que não cometeram crimes e nem atos que pudessem colocar elas na prisão. Mesmo assim, elas foram presas e ficaram em cadeias espalhadas pelo planeta. É um texto que dá um soco no estômago, mas vale a pena ler!

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Essas pessoas foram presas injustamente
Fonte: (Reprodução/Internet)

Charles Ray Finch (1976)

A gente vai contar aqui várias histórias de injustiças brasileiras. Porém, a gente não pode começar sem falar do Finch. O norte-americano foi acusado de um assassinato de um dono de um posto de gasolina na Carolina do Norte, Estados Unidos.

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Fonte: (Reprodução/Internet)

Ele negou o crime o tempo todo, mas com um processo cheio de manipulações, ele acabou ficando preso por mais de 40 anos. Aos 81 anos, ele foi libertado e isso se tornou um dos fatos mais chocantes de toda investigação criminal mundial.

A libertação de Finch é resultante de um trabalho de 2 décadas de um grupo de advogados e estudantes de Direito da Duke University. Eles atuaram no caso de forma totalmente voluntária, através do Wrongful Convictions Clinic. O fato foi emocionante.

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Randall Dale Adams (1976)

No mesmo ano do caso Finch, o Randall também foi preso. Obviamente, como você espera, a condenação dele foi feita de forma injusta. Inclusive, ele foi condenado à morte. Mas, essa condenação foi anulada alguns anos depois dela ter sido anunciada.

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Fonte: (Reprodução/Internet)

Ainda encarcerado, ele serviu de base e tese para vários documentários. Ele foi considerado culpado por ter atirado em um policial (Robert Wood) enquanto era passageiro de um carro. Algumas testemunhas oculares foram importantes para o júri.

O que mais choca nesse caso é que ele foi executado com uma injeção letal por um assassinato não relacionado à morte do policial Wood. Até hoje ele nunca foi acusado pelo crime do policial, ainda que tenha sido morto por uma execução de um assassinato.

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Paulo Antonio da Silva (1997)

Paulo era um porteiro de 66 anos de idade. Ele foi preso acusado de estuprar duas meninas. Ficou 5 anos preso até que a sua inocência fosse provada. Com isso, ele pediu um acerto de contas com o governo de Minas Gerais no valor de R$ 2 milhões.

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Fonte: (Reprodução/Internet)

O porteiro foi confundindo com o “Maníaco do Anchieta”, Pedro Meyer. O verdadeiro abusador foi preso mais tarde. Mas, esse tópico é para falar do Paulo. Saiba que ele trabalhava até 1997 e depois foi preso. Quando foi solto já não conseguiu mais emprego algum.

Em uma das entrevistas que deu ao público após a liberdade, ele disse que “quando eles foram lá no bairro me levaram para a delegacia. Eu havia trabalhado a noite toda e estava cansado. Depois, vieram aqui em casa e me prenderam. Como eu havia machucado o pé, alegaram que me levaram para o hospital”.

Heberson Lima de Oliveira (2003)

A história do Heberson é uma daquelas que dá nojo de ler. Só que se você busca a verdade e a justiça está convidado a encarar esse desafio. Em 2003, o Herberson foi preso por suspeita de estupro de uma menina de 9 anos. Na época, ele sofreu mais do que a prisão.

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Fonte: (Reprodução/Internet)

Isso porque dentro das grades, onde ele ficou por três anos, ele foi estuprado e contraiu o vírus da Aids, o HIV. Porém, em 2006 ele foi soltado após conseguir provar a inocência. Em liberdade, ele ainda busca uma reparação do Estado pelo que sofreu nesse tempo todo.

Foram 925 dias sem liberdade sem mesmo ter cometido ilegalidades. Ele está doente, pobre e é um dos injustiçados do Brasil. Ah, se você está se perguntando sobre a prisão, saiba que mesmo no escuro, a menina disse que teria reconhecido o rapaz pela fisionomia.

Julio Cesar Sanguinet (2012)

O Julio Cesar foi preso em 2012, em Porto Alegre, quando ia até a casa do padrinho. Ele fazia 33 anos e foi abordado pela polícia, que tinha um mandado de prisão. Ele foi acusado de assaltos a ônibus e testemunhas haviam reconhecido o rosto dele.

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Fonte: (Reprodução/Internet)

O erro é que o primeiro filho da dona Maria, Sandro, é que foi o responsável pelos crimes. Porém, ao ser preso, ele passou o nome do irmão, inclusive, usando uma foto colada ao RG para disfarças os dados. O problema é que Sandro já estava morto.

A partir da ajuda de uma jornalista, a mãe conseguiu provar a inocência do filho, inclusive, mostrando que um dos irmãos tinha uma mancha no pescoço. Foi quando a Defensoria Pública foi ativada e conseguiu a liberdade do Julio, 10 dias depois da prisão.

Vinícius Romão (2014)

Há alguns anos atrás, talvez esse seja um dos casos de injustiças no Brasil mais recente, o Romão, que era um jovem de 27 anos, foi preso por engano. Isso aconteceu em 10 de fevereiro daquele ano e vai ficar para sempre na memória do Romão.

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Fonte: (Reprodução/Internet)

Tudo aconteceu após uma mulher confundir ele como autor de um roubo. Ele era um psicólogo e ator. O Vinícius ficou preso por 2 semanas em São Gonçalo, no Rio de Janeiro. Ele foi solto após um oficial de justiça levar o documento de soltura.

A prisão aconteceu após uma copeira, que foi vítima de um roubo, afirmar em depoimento que Romão era o suposto ladrão. Mais tarde, ela disse que poderia ter se confundindo e até pensou em retirar o depoimento, porém, estava sem dinheiro para a passagem de ônibus.

Wellington Abreu dos Santos (2014)

O Wellington passou 14 dias preso. O fato aconteceu após um vizinho cometer um crime. O vizinho deu o nome de Wellington para os policiais, lá na delegacia. No entanto, o verdadeiro criminoso morreu e isso foi o que causou uma grande injustiça.

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Fonte: (Reprodução/Internet)

Ao sair para procurar emprego, o Wellington foi preso sem entender os motivos. Isso porque ele foi tirar o documento de antecedentes criminais e no seu histórico havia um crime. A família contratou advogados e conseguiu comprovar a inocência dele.

O caso foi pouco discutido na imprensa e isso ainda deixa alguns rastros sobre o acontecimento. Hoje, o Wellington está em liberdade e foi comprovado em justiça que o verdadeiro autor do crime está morto. Alguns interessados e estudiosos avaliam o processo e o enredo todo.

Jefferson Bezerra da Silva (2017)

Essa história pode se tornar um pouco confusa se você não ler com atenção. Vamos lá. Em 2007, após um assalto a mão armada, um jovem foi preso. Ele informou a polícia que o seu nome era Jefferson. Isso foi lá em Anápolis, Goiás.

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Fonte: (Reprodução/Internet)

Porém, ele teve a liberdade provisória concedida. Só que mais tarde, em 2011, ele foi condenado a 5 anos de reclusão e não foi encontrado pelas autoridades. Já em 2017, o Jefferson foi encontrado. Porém, ele não era o bandido verdadeiro.

A confusão fez com que Jefferson fosse preso por 18 dias. Mas, na verdade, quem deveria estar ali era o seu irmão, Jackson, que apenas informou o nome errado aos policiais quando cometeu o crime lá em 2007. Jefferson, aliás, tem problemas mentais.

Antonio Carlos Rodrigues (2018)

Antonio Carlos Rodrigues ficou detido por uma semana após ser confundido com um assaltante que roubou um cônsul-geral da Venezuela. O motorista de aplicativo, que tinha 43 anos na época, ficou na cadeia de Benfica, no Rio de Janeiro.

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Fonte: (Reprodução/Internet)

Mais tarde, Antonio contou que quando foi detido foi maltratado pelos policiais civis, que o acusaram sem ter qualquer prova. “Um oficial do cartório apontou as fotos do crime e disse que eu era o assaltante”. A polícia só disse que “o caso vai continuar sendo investigado”.

A soltura de Antonio se deu após a vítima reconhecer o verdadeiro bandido, que confessou o crime. Isso tudo aconteceu após o fato de que o relatório que consta sobre o reconhecimento da vítima fosse enviado ao Ministério Público do estado.

Claudete de Oliveira (2018)

Agora vem a história de uma mulher. Em 2018, a Claudete recebeu a polícia em sua casa. A empregada doméstica ficou presa por 9 dias sem entender direito o motivo. Mas, ela foi solta 5 dias depois, quando a justiça de Itanhaém reconheceu o erro.

Essas pessoas foram presas injustamente
Fonte: (Reprodução/Internet)

Isso porque a Claudete que estamos mencionando aqui tem o mesmo nome de outra ré. No entanto, a numeração do RG é bem diferente, assim como outros aspectos. Curiosamente, após 90 dias da soltura, a Claudete teve um infarto e morreu com 67 anos.

Leandro, um dos filhos, entrou com ação na justiça. Ele dizia que a mãe contou que aqueles 9 dias presa foi o mesmo que passar uma vida inteira na prisão. “Ela estava cansada, prestes a se aposentar, quando foi presa injustamente”.

Para saber mais: documentários sobre presos injustamente

Para quem gostou desse assunto e quer continuar estudando, saiba que há um monte de documentários disponíveis para serem vistos. Um dos mais incríveis é de 1988 e se chama A Tênue Linha da Morte, de Errol Morris. Se você não gosta de documentários antigos, existem opções.

Do lado dos mais recentes, a gente tem o Central Park Five: A Verdadeira História por Trás do Crime. Ele é de 2012 e foi assinado por Ken Burns, Sarah Burns e Davic McMahon. Tem ainda a trilogia do Paraíso Perdido, que é de 1996, 2000 e 2011.

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