É difícil imaginar uma vida sem internet no mundo de hoje, não é mesmo? Quando acontece algum bug no celular ou quando os dados móveis acabam, pode parecer desesperador para muita gente. A conexão permite interatividade com familiares e amigos, embora acredita-se que o uso excessivo da internet tem distanciado as pessoas.
Um bom exemplo de bug que deixou todo mundo maluco foi o que aconteceu com Fabebook, WhatsApp e Instagram, ao mesmo tempo. Inclusive, vamos falar disso neste artigo. Agora, já parou para pensar quais foram os maiores panes que aconteceram na rede? Se achou que isso só aconteceu agora, está enganado. Veja só.
Pane na sonda Mariner 1
A Mariner 1 foi criada para levar a primeira viagem norte-americana para estudar Vênus. Inclusive, foi a primeira aeronave do programa Mariner da NASA. Como de costume, o governo montou toda uma segurança em torno da invenção. Na época já existiam recursos tecnológicos, não como hoje em dia, mas existiam.
Onde tem tecnologia, existe pane. Pelo menos uma vez na vida. Em 1962, no dia 28 de julho, o bug aconteceu no software de voo da sonda espacial Mariner 1. O bug fez com que pouquíssimos segundos depois do lançamento, a nave desviasse do curso estabelecido inicialmente.
Em razão do problema, o foguete precisou ser destruído quando ainda estava passando pelo Atlântico. Após concluírem a investigação, indicaram que o pane foi causado por conta do erro de uma fórmula que foi escrita a lápis. Quando passada para o computador, digitaram de forma inadequada. Assim, o foguete calculou errado a trajetória e aconteceu o bug.
Pane no controle de gasoduto
O ciberataque mais conhecido de toda a história foi o que aconteceu em 1982. Para ter noção do poder da tecnologia, o incidente ficou conhecido como a maior explosão que aconteceu na Terra por razões não nucleares. Os agentes da CIA provocaram um bug na programação da União Soviética.
Dentro de meses, o trojan colocado no software ativou e executou comandos que provocaram diversas explosões do gasoduto de mais de 4 mil quilômetros. O oficial de segurança nacional dos EUA, Thomas Reed, revelou que os EUA deixaram a União Soviética pegar esse software, que era originalmente do Canadá.
Assim, teria sido uma estratégia para os soviéticos pegarem o software contaminado com cavalo de Troia. Dessa forma, a CIA ativou o bug provocando a explosão. O mais curioso é que não era a intenção dos agentes causar o incidente. O objetivo era apenas sabotar o gasoduto, não necessariamente causar uma série de explosões.
Pane no Therac-25
Therac-25 era um equipamento para o tratamento de câncer administrado por um computador. Na década de 80, o uso desse recurso era muito popular nos hospitais. Durante o manuseio, a máquina emitia radiação em alto nível de energia sobre as células com câncer. O equipamento não causava danos no tecido da pele.
Tudo ia bem, até um erro na programação no Therac-25. Durante um dos usos, a máquina passou a emitir 100 vezes mais energia do que a programada. Os profissionais da saúde não identificaram o erro de imediato, o que fez com que cerca de 5 pessoas morressem com a exposição excessiva à radiação.
De acordo com especialistas da área de tecnologia, o erro foi de desenvolvimento e que poderia ter sido evitado. Devido ao desastre, o aparelho é estudado até hoje pelos profissionais de tecnologia e pela medicina.
Pane de Morris Worm
Atualmente se fala muito sobre os vírus e a importância de ter ferramentas de segurança contra os invasores. Mas você sabe qual foi o primeiro vírus de toda a história? O relato é de novembro de 1988, quando Tappan Morris, um estudante americano, liberou um vírus que atingiu 6 mil computadores em um único dia.
Pouco tempo depois, o programa foi rastreado e destruído. O estudante conseguiu liberar o vírus após descobrir erros no sistema operacional UNIX. Morris conseguiu acessar, de forma não autorizada, diversos computadores que estavam conectados pela internet. O episódio ficou conhecido como “Morris Worn”.
Como era algo inédito na história, a solução não foi tão simples. O código derrubou com rapidez vários sistemas, causando danos gigantes. Quando alguém recebia o arquivo malicioso e tentava processá-lo, via seu sistema simplesmente falhar. Depois disso, diversas organizações foram criadas para elaborar ferramentas de segurança.
Pane no Pentium
Em 1994, a Intel lançou um ponto flutuante chamado Pentinum. O produto era para ser o processador mais potente de todos os tempos. Com muita expectativa, o recurso foi rapidamente aceito pelo mercado, sendo um verdadeiro sucesso. Todavia, na fase de testes, a Intel notou que tinha algo errado.
O erro foi considerado raro, por isso a empresa deu prosseguimento na venda do processador. Após Thomar R. Nicely insistir que o Pentinum tinha um problema, a Intel assumiu o equívoco. A empresa ainda tentou trocar os processadores, mas os clientes pediram o dinheiro de volta. A Intel teve prejuízo de US$ 450 milhões.
Pane no Windows
O pane no Windows é mais conhecido como o Ping da Morte. Entre os anos de 1995 e 1996, surgiu um código que corrompia o protocolo IP, tornando possível capturar um computador com sistema operacional Windows. Tudo acontecia por meio do envio de um ping maldoso, que acabou afetando diversos sistemas, sobretudo o Windows.
Com isso, os donos de computadores com esse sistema tinham a desagradável surpresa de ficar com a telinha azul travada. Isso acontecia porque o computador que recebia o ping não conseguia processar o pacote, resultando em um mau funcionamento do TCP/IP. Também impediu que os usuários tivessem acesso ao sistema.
Além dessa situação em específico, o Windows já teve que lidar com diversos bugs. Principalmente ao lançar novas versões. Diversos usuários reclamaram da versão 10, alegando que alguns serviços que estavam funcionando de repente apresentavam problemas. Sem contar as incompatibilidades com outras funcionalidades do sistema.
Pane no Ariane 5
Sem dúvidas, o pane envolvendo o Ariane 5 ficou para a história. O foguete foi criado para lançar satélites artificiais em órbita. Foi construído pela Airbus Defence and Space e supervisionado pela Agência Espacial Europeia. O problema foi que os cientistas que desenvolveram o foguete aproveitaram o código de outro foguete, o Ariane 4.
Como se não bastasse, os motores tinham um bug no computador de voo. Segundos após a decolagem, o sistema apresentou problemas. Em seguida, o computador principal da nave apontou erros. Dessa vez, não foi destruído, na verdade ele próprio se desintegrou. Tudo aconteceu depois de 40 segundos de lançamento. Dá para acreditar?
Esse episódio é considerado um dos piores bugs de computador de toda a história. O lançamento desastroso custou cerca de US$ 370 milhões. O que também reconhece o pane como uma das falhas de softwares mais caras de todos os tempos. Não foi só problemas tecnológicos, envolveram falhas também na estrutura do foguete.
Pane nas redes sociais de Mark Zuckerberg
O ano de 2021 vai ficar na memória de muita gente. Se você usa a internet para a mínima coisa que seja, vai saber que no dia 04 de outubro as redes sociais WhatsApp, Facebook e Instagram pararam. Sim, todas de uma vez só! As páginas ficaram fora do ar aproximadamente seis horas. Os internautas recorreram ao Telegram, que também começou a falhar.
Afinal, o aplicativo semelhante ao WhatsApp ficou sobrecarregado com tantos usuários. Algumas pessoas fora do país, chegaram a dizer que até o Twitter passou a apresentar instabilidade. Apesar de não ter um motivo claro, alguns representantes dos apps declararam que o erro aconteceu no Sistema de Nomes de Domínio.
Os profissionais tentaram resolver o bug remotamente. Entretanto, foi necessário ir até a sede das empresas solucionar o problema. Mark Zuckerberg, dono dessas redes sociais, chegou a perder US$ 7 bilhões com o apagão dos aplicativos. Durante esse tempo, os internautas precisaram voltar às origens, com SMS e ligações para falar com amigos e familiares.
O que aconteceu com MSN e Orkut?
Uma geração privilegiada conseguiu pegar a época do MSN, sistema de mensagens instantânea do Windows, e do Orkut, rede social que lembra o Facebook. Inclusive, foi a rede social do “tio Mark” que tirou a popularidade do Orkut, a principal rede social na metade dos anos 2000.
O Orkut se destacava com os recursos de comunidades, depoimentos, mural de fotos e recados, mensagens privadas, entre outras funcionalidades. A página chegou a ter 40 milhões de usuários. O seu fim não foi causado por bugs ou panes, mas pela ascensão do Facebook. Em 2014, a rede social foi oficialmente extinta.
MSN perde liderança para Facebook
Da mesma forma que aconteceu com Orkut, o MSN caiu em desuso com a chegada do Facebook. Além de ter o compartilhamento de fotos e acesso a comunidades, o Face aderiu ao chat com mensagens instantâneas. Obviamente, os internautas passaram a preferir um lugar que pudesse reunir diversas atividades.
Em 2013, o Windows desativou o serviço, que chegou a ter 330 milhões de usuários no mundo inteiro. Há quem diga que o Facebook também está ficando ultrapassado. A principal rede social hoje em dia é o Instagram. Todavia, o Tik Tok vem roubando a cena já tem algum tempo. Será que rouba a liderança de Mark Zuckerberg?