Esse é um dos tipos de história que quase ninguém acredita, mas não consegue provar o contrário, sabe? Tem um voo que sumiu há 7 anos e até hoje ninguém sabe o paradeiro dele. E olha que estamos falando de um Boeing 777, que é um dos maiores do mundo.
O caso tem diversas teoria da conspiração e pouquíssimas evidências concretas. Afinal, o que será que aconteceu com as 239 pessoas que estavam a bordo do voo MH370 que decolou em Kuala Lumpur (Malásia) com destino a Pequim (China) e nunca mais foi visto?

Como o avião desapareceu?
O trajeto inicial você já viu: Malásia para China. Agora, o que não sabe ainda é que ele desapareceu de forma misteriosa na madrugada de 8 de março de 2014. O primeiro voo desse avião havia acontecido em 2002 e ele era comumente usado.

A partir disso, muitas buscas começaram a ser feitas. E somente fragmentos do avião foram encontrados. Até aqui, em pleno ano de 2021, 34 peças do Boeing foram encontradas em 6 países diferentes.
A primeira foi vista em julho de 2015 nas Ilhas Reunião. A última é de fevereiro de 2021 na África do Sul. Nenhum corpo foi encontrado até aqui. De todos os passageiros, dois eram menos de idade e 10 eram tripulantes malaios. Havia ali 14 nacionalidades.
As buscas pelo voo da Malaysia Airlines 380
E isso tudo porque as buscas foram feitas em um raio de 120 mil k² e duraram mais de 4 anos e milhões de dólares. Entre os passageiros havia uma maioria de chineses, malaios, australianos, indonésios, indianos, franceses, americanos.

Nas buscas foram usados aviões, barcos, mergulhadores, imagens de satélites, mapeamento de correntes marítimas, análises de organismos marinhos. E nada. Mesmo com todo o esforço, ninguém sabe o que pode ter acontecido com o voo.
Mais tarde, descobriram que o avião saiu da rota por mais de 7 horas até ficar sem combustível e cair no mar. Ao que tudo indica, as correntes marítimas levaram os destroços para África. Veja mais.
O que se sabe do voo 380 da Malásia
De forma oficial, a informação é que após 40 minutos da decolagem os pilotos fizeram o último contato com o controle de tráfego aéreo da Malásia. Porém, não acionaram o controle do Vietnã, o que era esperado e programado. Logo, também é importante saber que o avião parou de emitir informações detalhadas sobre a sua localização para os radares do trânsito aéreo.

Porém, alguns sinais do Boeing 777 foram detectados por um radar militar. Eles indicavam que o avião fez uma curva a esquerda, voando em direção ao Estreito de Malaca e depois ao Sul. Ou seja, ele saiu da rota original que ia para Pequim.
A conclusão preliminar do Boeing desparecido
Em 2015, a Malásia declarou de forma oficial que o voo foi desaparecido de forma acidental e que as pessoas que se encontravam lá deveriam ser consideradas mortas. Isso tudo abriu caminho para o pagamento de indenizações às famílias.

Ainda que a maioria dos parentes dos passageiros não aceitaram a conclusão e se recusaram a aceitar, afirmando que o governo malaio estava abafando a gravidade do caso. O primeiro processo da companhia veio de dois filhos de um homem de 41 anos que estava no avião. O pedido era de danos decorrentes da perda do pai.
A conclusão oficial sobre o voo da Malásia
Conforme um relatório de mais de 400 páginas que foi divulgado no ano de 2017, sendo 3 anos após o voo partir para a China. O Escritório de Segurança de Transporte da Austrália concluiu o processo.

“Inconcebível na era da aviação moderna em que 10 milhões de passageiros embarcam em voos comerciais todos os dias que um grande avião comercial esteja desaparecido. As razões para o desaparecimento do voo MH370 não são determinadas com segurança”.
É por isso que, como até hoje a aeronave não foi encontrada, o mistério continua vivo. Curiosamente, no mesmo ano, as investigações descobriram que na lista de passageiros haviam ao menos dois indivíduos com passaportes falsos, o que fez aumentar as suspeitas.
Mais buscas
No entanto, apesar da conclusão, no ano de 2018 o governo malaio contratou a empresa norte-americana Ocean Infinity, especializada em buscas submarinas. A empresa foi paga para um trabalho de busca da aeronave, de caixas pretas.

Porém, o trabalho que seria de 90 dias durou apenas 1 mês, sendo que a pedido da empresa, as buscas foram encerradas em maio daquele ano sem resultados positivos. Logo, o mistério se perdura por ainda mais tempo.
As teorias sobre o caso do MH370
O que se tem hoje em dia são várias teorias da conspiração sobre o que pode ter ocorrido com o Boeing 777 naquela madrugada do dia 8 de março. O site de aviação Airline Ratings diz que já foram lançados mais de uma centena de livros para explicar o que pode ter acontecido.

Uma das matérias é da jornalista Florence de Changy, do jornal Le Monde, Radio France e a emissora TV F24. Ela publicou o “The Disappearing Act”, onde diz que o avião foi abatido por um caça, um míssil ou uma nova arma a laser que estava sendo testada naquele dia.
E são várias as pesquisas ou estudos que falam sobre ataque terrorista. Há quem diga que ele foi sequestrado e obrigado a desviar a rota. Assim, o resultado é que o avião teria voado no piloto automático até ficar sem combustível.
A teoria do piloto suicida
Depois, vem a tese do piloto suicida, que foi difundida em vários outros documentos e obras. Para muita gente, ele desviou a rota, o que também explica porque ele não emitiu mais sinais detalhados no radar e sem fazer contato com o controle de tráfego aéreo.

Essas explicações ainda dizem que se houvesse urgência e emergência haveria pedidos de socorro, o que não aconteceu. Agora, isso já não explica porque o piloto esperaria 7 horas para pousar, forçando o avião a cair, já que estava sem combustível. Alguns sites ainda falam em “provável erro humano com violação intencional de procedimentos ou normas” sem citar o piloto.
A teoria do pouso secreto
Outra teoria que chama a atenção é sobre um pouso secreto. Os autores dizem que o avião teria pousado em Diego Garcia, uma ilha britânica que fica no Oceano Índico, onde há uma base dos Estados Unidos.

Assim, os passageiros estariam escondidos lá. O governo norte-americano já falou sobre isso e se negou a concordar com a hipótese. Ainda que pareça improváveis, todas as teorias acabam sendo avaliadas, já que não se tem uma comprovação sobre o caso.
O fim trágico poderia ter sido evitado?
Outra questão que assola o mundo até hoje é que esse voo foi comparado com o Air France AF 447, que também caiu em 2009 no Oceano Atlântico. As dificuldades em encontrar destroços fizeram com que aquele acidente fosse usado como exemplo para outros.

Uma agência de investigação francesa para acidentes aeronáuticos chegou a criar uma espécie de relatório pedindo mudanças nas leis da aviação. Como aumento do tempo de gravação de voz, autonomia das baterias da caixa-preta, aumento do sinal, etc.
Essas mudanças não aconteceram até a queda do avião da Malásia, por isso, muita gente diz que se as mudanças tivessem acontecido antes, o avião poderia ser encontrado. Ninguém em certeza sobre isso.
A Malaysia Airlines se desfez dos outros A380
A companhia gigante do transporte aéreo tirou de cena a sua frota de A380. Ao todo, 6 aeronaves vão deixar de voar pela empresa. Eles chegaram na companhia entre 2012 e 2013. O motivo seria que “não se encaixa mais nos planos futuros”.

Em contrapartida, a companhia aérea disse que vai viabilizar o adiantamento da entrega do Boeing 737 MAX previsto para 2024. O que sabe é que os voos nesse tipo de avião pela companhia não acontecem mais desde o início da pandemia.
No ano passado, pela primeira vez na história, o A380 fez o seu primeiro voo levando apenas carga. Ele é considerado o maior avião de passageiros do mundo, mas a MASKargo, da Malaysia Airlines, fez a adaptação para levar carga.
Esse não é o primeiro caso
Por curiosidade, saiba que outro Boeing, agora da Varig, também teve o mesmo enredo, em outro dos maiores mistérios da aviação mundial. Um Boeing 707 Cargueiro da Varig, que é uma companhia brasileira, sumiu.

O voo RG 967 data de janeiro de 1979. O jatou decolou de Narita, no Japão com destino ao Rio de Janeiro. Havia uma parada prevista para Los Angeles, nos Estados Unidos para reabastecimento. Porém, após a decolagem, 30 minutos depois, ele sumiu.
Na época, controladores não obtiveram mais contato com os pilotos. Como no caso da Malásia, não houve pedido de socorro ou informação sobre problema técnico. O piloto fez um contato inicial, comum, mas depois não fez os outros.
Mais teorias da conspiração
Nesse primeiro caso, também vimos várias teorias da conspiração, como sobre o fato de se tratar de uma carga milionária, o que fez com que o piloto mudasse a rota propositalmente. Porém, nenhuma delas tem comprovação.
Há ainda quem fale em sequestro por colecionadores de arte, ataques de caças soviéticos. Isso tudo porque o avião da Varig transportava mais de 20 toneladas de equipamentos eletrônicos, peças para navios, computadores, máquinas de costura, quadros de Manabu Mabe, etc.