Uma lenda urbana nada mais é do que um mito ou uma história que não se consegue provar que de fato aconteceu. O mais impressionante é que esse tipo de conta é sempre confundindo com o que é real e o que não é. Se você já vivenciou uma lenda sabe do que estamos falando.
Aliás, é bem possível que você já tenha vivenciado uma das lendas urbanas do Brasil. Por isso, nós fomos atrás das mais conhecidas para contar e relembrar você. Por exemplo, você já conheceu o homem do saco, né? E a loira do banheiro? Da carroça sem cavalo? ETs?

Lenda da carroça sem cavalo
Vamos começar falando das lendas urbanas brasileiras que são menos conhecidas. Mas, existem mesmo. Aliás, nem sempre dá para assegurar que existiram, né. No entanto, o fato é que temos relatos, histórias e alguns pontos que nos parecem ser bastante reais. Veja.

A lenda da carroça sem cavalo é uma delas. Ela é sobre uma noite fria de inverno, com forte nevoeiro, quando se ouviu barulhos estranhos. Os moradores de São Francisco (SC) acordaram de madrugada com o barulho e pela janela viram a cena: a carroça andando sem cavalo.
Na carroça haviam objetos barulhentos, entre eles, panelas, bules e outros. Naquela noite, ninguém mais dormiu. No outro dia, a cidade toda estava assustada. Até hoje dizem que o carroceiro foi morto à coices pelo cavalo porque ele maltratava o animal. Fica a dica, hein!
Lenda da mulher emparedada
Tudo começa com o Jaime Favais, dono de uma loja que ficava no térreo de um sobrado. Essa é uma história lá de Recife, como a debaixo. Ele descobriu que a sua única filha, a Clotilde, tinha engravidado de um homem, o Leandro, que era amante da esposa dele, a Josefina.

Aí você pode imaginar o tamanho da confusão, né. O homem mandou matar o amante. Com isso, a Josefina enlouqueceu. Além disso, sobre a filha, ele a obrigou a casar com um sobrinho. Mas, o trato não foi feito. Então, ele teve outra ideia: um castigo macabro.
O Jaime amarrou a filha com cordas, cobriu com lençóis brancos e fechou a porta do banheiro com tijolos. Quando voltou ao Brasil, ele ouvia gemidos tenebrosos. Até hoje o lugar tem os fenômenos bizarros como sons de móveis sendo arrastados, batidas na parede e choros lamentosos.
Lenda da perna cabeluda que corre
Agora, uma história que vem lá do Nordeste, mais especificamente de Recife e foi contada as primeiras vezes na década de 1970. Foi quando alguém achou uma perna cabeluda boiando no rio Capibaribe. Conforme testemunhas, as pernas corriam atrás das pessoas.

Até aqui não se sabe exatamente o objetivo dela, mas que ela corria, corria. E assustada e aterrorizava quem estava perto, até mesmo os desavisados. Inclusive, ela gostava de ficar escondida em ruas desertas e os pelos, quando vistos de perto, são asquerosos.
A perna não corre como a de uma pessoa comum, mas vai em pulos. Imagine só a cena: pernas cabeludas pulando até você. Em outros contos, há quem diga que ela dá até mesmo chutes e golpes, atingindo os traseiros das suas vítimas. A boa notícia: não há chutes fatais até hoje.
Lenda da missa dos mortos
Assim como a história abaixo, essa também é de Minas Gerais, só que em Ouro Preto. A lenda diz que o sacristão João Leite, que também era zelador, tomava conta da igreja ao lado do cemitério. Um dia, de madrugada, ele ouviu um ruído na capela.

Foi até lá e viu uma claridade fora do comum. Depois, ouviu vozes estranhas cantando. O local tinha vários fiéis rezando junto com o padre. Os fiéis tinham roupas pretas, a do padre era branca. Só que quando o padre notou, ali só haviam esqueletos que entoavam as vozes.
Ao menos, foi isso que o João leite contou. Se é verdade ou não, ninguém sabe. Mas, essa lenda urbana do Brasil está descrita em vários livros de história. Mais tarde, historiadores disseram que esse relato pode ter vindo de 1900 e até hoje arrepia muitos crentes.
Lenda do ET de Varginha
Varginha é uma cidade que fica em Minas Gerais e hoje é conhecida justamente pelo ET. Mas, de qual ET estamos falando? Daquele mesmo que você conhece: o verde, com antenas na cabeça e que vem de um disco voador, sabe?

O fato misterioso do Brasil foi em 1996. Naquele ano, três adolescentes afirmaram ter visto um ser andando pelas ruas. Só que ele não tinha pele verde e sim marrom. Mas, os olhos eram avermelhados. Ufólogos chegaram a dizer que era um extraterrestre.
Ao mesmo tempo, agricultores também diziam que viram uma espécie de disco voador (mais tarde, chamado de OVNI – Objeto Voador Não Identificado). Daí animais do zoológico começaram a morrer sem motivos aparentes e até policiais. Se é lenda, ninguém sabe.
Lenda do chupa-cabra
Quem é que nunca ouviu falar do chupa-cabra que atire a primeira pedra. Aliás, quem é que nunca teve medo dele, que atire a primeira pedra. Talvez, hoje você não tenha, mas com certeza esse animal místico já perturbou a sua noite durante a infância.

A lenda foi muito disseminada durante os anos de 1990, quando o Brasil noticiou a notícia de que várias cabras estavam morrendo e apareciam com dentadas no pescoço, em várias áreas rurais e regiões do interior. Ainda que você não fosse uma cabra tinha medo, né.
Camponeses e fazendeiros, para aumentar a ilusão, ainda dizia que chegavam a ver seres estranhos, como extraterrestes em seus campos, antes das mortes das cabras. A boa notícia é que até aqui não há provas de que haviam vampiros ou ETs que matavam cabras.
Lenda da fada do dente
Pensamos muito em contar aqui ou não essa história. Porque a fada do dente é sim muito conhecida, mas ela se mistura entre lenda urbana, folclórica e até mesmo mitológica. O lado urbano é que há histórias reais disso que vieram lá de Portugal, no início do século 20.

Bom, vamos lá. A tradição é a seguinte: a fada do dente visita os quartos das crianças na noite em que elas perdem o dente de leite. Então, as crianças que colocam o dente de leite embaixo do travesseiro ganham dinheiro em troca do dente. Quem faz a troca é a fada.
Até aqui, ninguém sabe a origem real dessa história. Porém, ela vai de Portugal até mesmo países como Canadá, Estados Unidos, Reino Unido e outros da Europa. Há ainda quem diga que a origem veio do povo viking, o que quer dizer há mais de 1 mil anos atrás.
Lenda do homem do saco
Quem já foi criança um dia já teve medo do homem do saco, né. A história dele era bastante assustadora e tinha esse objetivo mesmo: assustar. Isso porque quase sempre eram invenções dos pais, avós ou cuidadores, que usavam da artimanha para conseguir a obediência.

Para quem não obedecia ou não servia aos bons modos, pronto, o homem do saco poderia aparecer e o pior, ele pegaria a criança e a colocaria no saco para sei lá fazer o quê, amigo. E mesmo que você uma criança corajosa, nem sempre dava para correr o risco.
O homem do saco vivia nas redondezas de todos os lugares. Era alguém onipresente, que poderia aparecer aqui, agora, já. Então, o melhor era obedecer mesmo. Ah, tem outro detalhe: se o homem do saco te pegasse várias vezes, ele poderia transformar você em sabão.
Lenda da loira do banheiro
A gente não poderia terminar o texto sem falar da loira do banheiro, hein. Talvez seja a lenda urbana mais clássica de todos os tempos. E só não podemos afirmar com certeza, porque ela é um tanto quanto regional, mais pertencente ao estado de São Paulo. Vamos lá.

A lenda nasceu em Guaratinguetá, no interior paulista. Tudo parte de uma jovem, chamada Maria Augusta de Oliveira, que era da elite paulista e teria fugido para a França para se livrar do casamento arranjado pela família. Em Paris, ela morreu cedo, aos 26 anos.
O corpo retornou ao Brasil para o enterro e mais tarde o casarão da família virou o colégio Conselheiro Rodrigues Alves. Em 1916, a escola sofreu um incêndio misterioso e dizem que o espírito da moça, da Maria Augusta, vaga pela escola até hoje.
Curiosidade: o bicho-papão
Não seria um exagero a gente começar com o que há de mais tradicional no mundo das lendas urbanas, né? Na verdade, a gente optou por deixar como bônus porque é algo mais mitológico do que uma lenda urbana. Tudo começou com os contos portugueses que foram trazidos para o Brasil.
O bicho-papão é a personificação do medo. Ele é alguém mutante que pode ser de várias formas, às vezes animal, às vezes humano, às vezes comedor de crianças. Ele sempre fica de olho em crianças desobedientes e, assim como o homem do saco. E dizem que ele vive em cima do telhado das casas.