Copa do Mundo: esses foram os casos de doping mais chocantes

A Copa do Mundo é sempre um momento muito marcante para quem gosta de futebol. No entanto, antes de chegar lá, a gente tem uma série de competições que começa a preparar as equipes. Todas elas contam com o exame antidoping, que pode ser um pesadelo para muitos jogadores.

O caso mais conhecido é do Maradona, que foi pego em plena Copa do Mundo de 1994. Mas, há outras histórias de jogadores que acabaram ficando de fora da Copa porque foram pegos no exame em competições que antecedem esses jogos. Alguns conseguiram ser absolvidos a tempo. Outros, não. E tem 2 brasileiros na lista!

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Copa do Mundo: esses foram os casos de doping mais chocantes
Foto: (reprodução/internet)

Ernst Jean-Joseph (1974)

O Ernst é considerado o primeiro jogador a ser pego no exame antidoping em Copa do Mundo. Isso aconteceu na única edição que o Haiti participou da Copa e o fato foi logo após a derrota do país para a Polônia por 7 a 0. Agora, o que aconteceu depois é que choca ainda mais. Veja.

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Foto: (reprodução/internet)

Ao descobrirem o fato, os jogadores da seleção do Haiti retiraram o atleta do quarto e levaram ele para um jardim na concentração. Depois, agrediram ele bruscamente. Mais tarde, a delegação disse que a agressão era justificada pelo doping do zagueiro de 26 anos.

Durante a carreira, Ernst jogou pelo Violette, de Porto Príncipe e pelo Chicago Sting, dos Estados Unidos. Pela seleção do seu país, ele vestiu a camisa entre os anos de 1972 e 1980. O zagueiro morreu em 2020, aos 72 anos.

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Zetti (1993)

O goleiro brasileiro e que atuava pelo São Paulo também foi flagrado no exame antidoping, apesar de nem todo mundo se lembrar dessa história. O fato foi em 1993, quando o Brasil disputava as Eliminatórias para a Copa de 1994.

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Foto: (reprodução/internet)

Na época, o goleiro disse que a substância proibida foi encontrada no seu exame porque ele havia bebido chá de coca na Bolívia. Por isso, ele acabou ficando livre da suspensão, já que todas as autoridades da época foram convencidas da afirmação dele.

O “caso do chá de coca”, como ficou chamado, é um marco importante na história do jogador. Olha o que ele disse mais tarde: “fique sabendo um pouco antes de a notícia estourar e já liguei para a minha mulher para visar que vinham bomba por aí. Foram 4 dias horríveis”.

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Maradona (1994)

Sem dúvidas, um dos casos de doping no futebol mais marcantes foi durante a Copa do Mundo de 1994. Diego Armando Maradona não caiu no exame antidoping pela primeira vez nesse ano. Isso já havia acontecido antes, em 1991, contra o Napoli.

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Depois de 15 meses de suspensão, ele voltou a jogar futebol. O fato aconteceu entre 1992 e 1993. Já aos 33 anos, ele era considerado um dos melhores jogadores de futebol do Planeta e mostrou isso na goleada da Argentina contra a Grécia por 4 a 0.

Porém, na outra partida, ele foi escalado para fazer parte do exame antidoping e saiu de campo de braços dados com uma enfermeira. Esse seria o “início do fim” como muitos dizem. Foi a última imagem dele na Copa do Mundo daquele ano. Positivo para efedrina! Maradona morreu em 2020, aos 60 anos.

Fabio Cannavaro (2009)

Antes da Copa do Mundo de 2010, um caso chocou o mundo do esporte e até hoje gera dúvidas. o zagueiro italiano Fabio Cannavaro, que hoje é técnico de futebol, recebeu a notícia de que o Comitê Olímpico Italiano arquivou o processo dele de doping enquanto jogava na Juventus.

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Foto: (reprodução/internet)

Isso porque Cannavaro havia sido pego no exame, mas conseguiu justificar o fato ao dizer que tomou um remédio após ter sido picado por uma abelha. O remédio a base de cortisona era para evitar a alergia do inseto. A Juventus pediu a dispensa do atleta até o fim do caso.

“Minha consciência está muito limpa. Levei uma picada de abelha e me acusaram de doping. Parte da imprensa exagerou. Vejam minha carreira, já demonstrei ser um jogador sério”, ele disse logo após a acusação. O caso foi arquivado e ele jogou a Copa seguinte.

Jamaicano (2013)

No ano de 2013, a imprensa esportiva lançou uma informação que ficou em aberto e até hoje não tem muitas respostas. A Jamaica não se classificou para a Copa do Mundo de 2014, no entanto, o caso foi durante as Eliminatórias da Concacaf para a Copa do ano seguinte.

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Foto: (reprodução/internet)

A notícia diz que “um membro da equipe da Jamaica teve resultado adverso em sua amostra de urina após a partida de 11 de junho”. Depois, a Federação de Futebol da Jamaica disse que avaliaria o resultado. A substância não foi identificada.

Naquela partida, a Jamaica perdeu por 2 a 0 e acabou ficando na última posição das Eliminatórias com apenas dois pontos somados. No mesmo ano, outros casos de doping entre jamaicanos foram comentados, como do velocista Asafa Powell.

Fred (2015)

Outro brasileiro na lista é o Fred, que é jogador do Manchester United. O fato aconteceu quando ele jogava pelo Shaktar Donetsk. Nesse ano, ele disputava a Copa América pela Seleção Brasileira, que não é uma Eliminatória para a Copa, mas prepara a seleção para isso.

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Foto: (reprodução/internet)

O volante brasileiro foi detectado com o uso de hidroclorotiazida e ficou praticamente 1 ano longe dos gramados. Mas, no fim do ano letivo, a defesa do atleta disse que “cabe recurso e nós vamos focar nisso. Estamos aguardando a fundamentação”.

Com a punição retroativa, ele passou a não fazer mais parte da seleção naquele tempo. Mas, com o retorno, a partir de 2016, Fred voltou a mostrar bom desempenho no futebol e voltou a vestir a camisa amarelinha. Hoje, ele está em outra fase, sem polêmicas.

Guerrero (2017)

O caso de Paolo Guerrero, jogador do Peru, teve um final feliz. Ele foi suspenso pela Fifa após ser flagrado no doping. O gancho duraria até novembro de 2018 e isso o deixaria fora da Copa do Mundo de 2018. No entanto, a defesa da sua seleção recorreu.

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Foto: (reprodução/internet)

Assim, ele participou da Copa e no seu último jogo deu um passe e fez um gol. Apesar disso, vale a pena lembrar o drama dele, que foi logo após um jogo contra a Argentina. Ele foi pego por ter consumido a benzoilecgonina, metabólito da cocaína.

Por isso, ficou fora dos jogos de repescagem, contra a Nova Zelândia, por exemplo. Mas, como conseguiu reverter a baixa para 6 meses e não 12 meses, ele conseguiu entrar na Copa do Mundo. Mesmo fora de forma, ele foi importante para a seleção naquela Copa, ainda que o Peru não chegou nas fases finais.

Rússia (2022)

Para terminar o texto, vale lembrar que a Rússia foi banida da Copa do Mundo de 2022, assim como dos Jogos Olímpicos, após sanção da WADA, que é a Agência Mundial Antidoping. A decisão foi tomada em conjunto com a FIFA, Federação de Futebol Internacional.

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Foto: (reprodução/internet)

A alegação é que eles mentiram ao entregar o relatório de exames, que estavam irregulares. O anúncio dizia que a comissão estaria proibida de participar de eventos esportivos por 4 anos, o que envolveria também a Copa do Mundo de 2022, já que a decisão é de 2019.

Em 2021, logo após a retomada do futebol devido a pandemia, a Rússia entrou nas Eliminatórias da Copa do Mundo. O problema é que mesmo que se classifique, ela poderá não disputar o maior evento esportivo do mundo. Se ela for, ela terá que competir como nação neutra, sem poder cantar o hino do país, por exemplo.

O jogador que ficou 12 anos afastado por doping

Essa história merece ser contada aqui. Francesco Flachi é um italiano que retornou ao futebol aos 46 anos após ficar mais de 1 década sem poder jogar futebol profissionalmente. O primeiro afastamento dele foi em 2007, quando ele ficou suspenso por 2 anos.

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Foto: (reprodução/internet)

No retorno, em 2009, ele foi pego de novo e só pode voltar a jogar em 2021. Nesse ano, ele passou a defender o Signa 1914, que é da 5ª divisão nacional da Itália. Para quem não se lembra, o Flachi defendia o Sampdoria quando foi flagrado pela primeira vez.

Inclusive, ele chegou a ser convocado para a Seleção Italiana de futebol. No entanto, após a acusação do uso de cocaína, ele foi suspenso de vestir uma das camisas mais pesadas do futebol mundial. Hoje, ele assume os erros e se diz contente em voltar a jogar futebol.

Os jogadores brasileiros flagrados no doping

Ainda que não estivessem usando a camisa da seleção, saiba que vários jogadores brasileiros de futebol foram flagrados no exame antidoping. Um deles foi o Jobson, em 2015 e precisou ficar 4 anos longe dos gramados. Nilton, do Inter, também testou positivo para hidroclorotiazida.

O Welington, do São Paulo, foi pego pela mesma substância do Nilton. Já o Dodô, em 2007, quando defendia o Botafogo pelo uso da femproporex. Marcão, do Inter e Romário, já foram pegos por usar substâncias para queda de cabelo. E o Dinei, do Corinthians, para cocaína. A maioria deles teve a suspensão diminuída.

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