MKULTRA, experiências ilegais em humanos da CIA é citado em Strangers Things

MKULTRA ou MK Ultra. Não importa a forma com que você escreva porque estamos falando da mesma coisa. Afinal, o programa usou diversas experiências ilegais em humanos através do controle da mente e da lavagem cerebral, mas ele ficou conhecido só depois.

A gente vai contar um pouquinho mais dessa história nesse texto e você vai descobrir alguns fatos e acontecimentos que podem deixar você enjoado. Mas, como faz parte de algo que realmente aconteceu, talvez exista um bom motivo para você conhecer a MKULTRA.

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MKULTRA, experiências ilegais em humanos da CIA é citado em Strangers Things
Foto: (reprodução/internet)

Como o projeto MKULTRA começou

As experiências ilegais foram feitas pelo Departamento de Ciências da CIA, que é a Central Intelligence Agency Directorate of Science & Technology. O programa secreto foi iniciado nos anos de 1950 e teve fim somente perto de 1960.

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Foto: (reprodução/internet)

Até hoje dizem que o programa ainda existe, só que de modo ainda secreto, ao passo que ele foi apenas “escondido”. Ou seja, funciona de forma ilegal e clandestina. O que acontece é que ele faz uso de cobaias humanas para realizar testes. E, claro, sem qualquer consentimento.

Ao que se tem notícia, os testes foram feitos com vítimas masoquistas que sabiam que estavam sendo usadas para este fim e como cobaias humanas. No entanto, a maioria dos historiadores discordam dessa versão.

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Como as experiências ilegais foram descobertas

As vítimas eram testadas sob o efeito de drogas. Aliás, vítimas essas que nunca foram identificadas. E menos ainda, indenizadas pelos danos que sofreram.

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A história só foi descoberta após sair ao conhecimento público que um cientista americano havia morrido após ter sido usado como teste, de forma involuntária e secreta. O resultado veio do uso da droga LSD, injetado pela CIA.

Mais tarde, alguns agentes disseram que essa cientista era Frank Olson, que tinha cometido suicídio, saltando da janela do hotel. Até hoje a família do Dr. Olson não acredita nisso e busca a verdade sobre a história, que está longe de ser a contada pela CIA.

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A exposição do projeto aconteceu em 1975

Parte do projeto foi exposto em 1975 durante o Congresso Americano de Investigação das atividades da CIA. As investigações, no entanto, foram prejudicadas em 1973, quando o diretor da CIA na época, Richard Helms, ordenou a destruição dos dados e arquivos do projeto.

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Um pequeno número de documentos foi salvo e mais tarde a CIA confirmou sobre tais experiências. Porém, concluindo que elas foram abandonadas por Victor Marchetti, um agente veterano da CIA.

O Victor, porém, em 1977, disse que as declarações são uma forma de encobrir os projetos secretos e clandestinos que a CIA continua a fazer no mundo todo.

Quais as drogas usadas no projeto

Outra informação que se tem conhecimento hoje é que as drogas usadas eram aquelas que podiam alterar as funções do cérebro humano, a partir da manipulação do estado mental dos seres humanos.

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Logo, elas eram usadas sem o consentimento de quem recebia as aplicações. Portanto, os objetivos do projeto eram contra qualquer direito humano. Sem saber que estava sendo drogada ou sem querer isso, as vítimas passavam pelos testes ilegais.

Alguns documentos secretos da MK Ultra, que foram encontrados mais tarde, narram sobre uma parte da pesquisa, que considera também o uso de animais e vários tipos de drogas.

A LSD

A sigla é para dietilamida do ácido lisérgico. Essa é uma das drogas mais potentes que se tem conhecimento hoje, ainda mais em termos alucinógenos e, por isso, acredita-se que foi uma das mais usadas durante os tempos do projeto MKULTRA.

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Ela é cristalina e causa reações metabólicas a partir de um fungo. Ela foi descoberta de forma acidental em 1943 pelo químico da Suíça Alberto Hofmann. A droga pode causar, de forma comum, quadros de psicose e isso tem sido discutido cada vez de forma mais frequente.

Geralmente, ela é diluída em doses de microgramas, sendo que gotas podem ser pingadas na ponta da língua ou em papéis absorventes. No entanto, o mais comum é que se encontre em forma de cristal, em papéis coloridos ou aglomerados de pó.

Quais as torturas que aconteciam no MKULTRA

Ainda conforme os documentos pesquisados, considere que há ao menos 25 tipos de torturas que acontiam durante os testes. Um deles é sobre o abuso da vítima. Outro é sobre o confinamento em caixas, gaiolas, caixões. Há ainda o afogamento não fatal.

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Eles podiam ser pendurados em posições dolorosas, passavam fome, eram privados do sono, recebiam choques elétricos em partes sensíveis, sofriam esfolamento, sentiam extremo calor ou frio, tinham os membros deslocados e chegam em experiências quase mortais.

Sem contar da ingestão de substâncias que causavam ilusão, confusão e amnésia e de químicos que criavam dores ou doenças, como os agentes quimioterápicos.

Quem eram os envolvidos no projeto

Obviamente, essa resposta não é fácil de ser encontrada. Porém, a história cita alguns nomes. Em 1953, por exemplo, o chefe das operações era Sidney Gottlieb. O diretor da CIA que sabia de tudo era Allen Dulles. Sidney foi quem criou as administrações da LSD e outras drogas.

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Foto: (reprodução/internet)

Ele chegou a dizer que “criava técnicas para romper a psique humana a ponto de fazer com que a pessoa admita que fez qualquer coisa, seja o que for”. Outros nomes são de Ewen Cameron e Harris Isbell, que eram os grandes patrocinadores do projeto todo.

E como a CIA não podia ser citada, a Fundação Rockefeller foi uma das que se dedicou a investir nas pesquisas médicas dizendo que era “em prol da sociedade”. Fletcher Prouty era envolvido e participou como principal nome militar por trás.

A relação do projeto MKULTRA com Harvard

Há um ponto na história que choca muitas pessoas. Considere que no fim da década de 1950 e até o começo dos anos de 1960, Henry Murray, que era diretor da Clínica Psicológica de Harvard foi o responsável por “aceitar” as atividades do projeto na Escola de Artes e Ciências.

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Foto: (reprodução/internet)

Obviamente, o poder e a base vinham da CIA e o projeto usado ali em Harvard usou pelo menos 22 estudantes como cobaias. As experiências visavam medir a reação das pessoas sob o estresse extremo. Murray falou em “ataques arrebatadores pessoais e abusivos”.

Entre os estudantes, havia um prodígio intelectual de 16 anos, estudante de Harvard, chamado Ted Kaczynski, que mais tarde se tornaria o “Unabomber”.

Como saber mais sobre o projeto MKULTRA

É claro que em algumas poucas linhas a gente não conseguiria contar tudo o que há de secreto, mas que foi descoberto, sobre esse projeto sobre humano. No entanto, considere que há outras formas de continuar estudando sobre isso. A se começar pelos filmes.

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Entre os principais, a gente tem os documentários: “Tortura Made in USA”, “Wormwood” e “Os Esquadrões da Morte: A Escola Francesa”. Sobre longa-metragem, temos: “Conspiracy Theory”, “The Banshee Chapter”, “The Killing Room”, “Stranger Things”.

Stranger Things? É isso mesmo. A série da Netflix cita no 6º episódio da 1ª temporada sobre uma mulher que se encontra debilitada e a irmã que afirma que ela participou de um experimento na época da faculdade. Vamos falar mais disso no próximo tópico.

O projeto MKULTRA e a série da Netflix

Na trama, uma parte do projeto MK Ultra é citado, em especial quando mostra os testes feitos com a Eleven, a personagem principal.

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Para quem não se lembra, vamos lá. Na série, o Dr. Martin Brenner é o responsável por fazer os testes no Hawkins National Laboratory. É onde a Terry, mãe da Eleven, trabalha. Ela foi voluntária do projeto e participa do programa. Assim, ela é drogada com agentes psicodélicos.

E também passa por torturas, como a privação sensorial. Nesse mesmo período, ela engravida, sem saber, de Eleven. Eleven, por sua vez, é tomada pelo Dr. Brener, que é acobertado pela CIA. A criança nasce com o nome de Jane e tem poderes telepáticos e de telecinese.

O projeto Indigo, em Strangers Things

Ainda falando da série, considere que a criança que acabou de nascer começa a fazer parte de um programa governamental, chamado de Projeto Indigo. Assim, junto com outras crianças, Eleven tem o primeiro contato com o “Mundo Invertido” e os “Demogorgons”.

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Resumidamente, fica evidente a relação das histórias e a ideia da conspiração sobre o projeto da CIA da vida real. Na vida real, o projeto MKULTRA foi extinto na década de 1970, o que é pouco aceitável pela maioria dos estudiosos.

Curiosidade: manuais Kubark

Se você se sentiu enjoado com essa história toda, saiba que tem mais uma curiosidade aqui, bem triste por sinal. Há um “manual Kubark” que cita a maioria das torturas que a CIA e as forças militares americanas cometeu ao longo dos anos, especialmente, após a Guerra Fria.

A maioria são experimentos que foram feitos durante o Projeto MKULTRA e que foram transmitidos por muito tempo na Escola das Américas, que é um instituto de Defesa dos Estados Unidos que forma pessoas anticomunistas. O nome Kubark é um codinome usado pela CIA para se referir a si mesma.

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